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Sábado, Abril 27, 2024

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Distrito de Beja na rota do tráfico de seres humanos

A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, levou a cabo uma operação de âmbito nacional de combate aos crimes de tráfico de pessoas, escravidão, rapto e sequestro para fins de exploração laboral, bem ainda como ofensas à integridade física qualificada, que terão tido lugar em várias localidades dos distritos de Beja, Faro e Guarda, assim como em Espanha. 

Segundo a informação que nos chegou, foram identificados e detidos sete suspeitos, cinco homens e duas mulheres, fortemente indiciados por aqueles crimes, tendo-se procedido à detenção de outras duas pessoas, durante a operação, por crimes de resistência e coação sobre funcionário e posse de armas proibidas. 

Segundo fonte da Policia Judiciária esta ação policial foi realizada no desenvolvimento de várias investigações que têm sido encetadas pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária e que têm vindo a revelar um campo alargado de atuação criminosa no território nacional e em território espanhol. 

De acordo com os elementos indiciários apurados nesta investigação, seis ofendidos até ao momento identificados terão sido aliciados a trabalhar na atividade agrícola e construção civil por conta dos suspeitos, nomeadamente nas campanhas agrícolas espanholas, que lhes ofereceram em contrapartida um montante diário em numerário, alojamento, transporte e alimentação. 

No entanto, contrariamente ao que lhes havia sido proposto, viram-se forçados a trabalhar de forma não remunerada, sujeitos a conintimidação, ameaças e maus-tratos por parte daqueles, aproveitando-se das condições de fragilidade das vítimas. Os indícios recolhidos demonstram o caráter prolongado da atividade ilícita desenvolvida pelos suspeitos, não só no âmbito da tutela da ordem jurídica portuguesa mas também da espanhola, que vão fazendo circular entre várias famílias os “trabalhadores” como de mera mercadoria se tratasse.

Esta operação contou com a colaboração de várias unidades da Polícia Judiciária, bem como dos Destacamentos e Unidades da GNR e da PSP das respetivas áreas de intervenção. 

 

Os detidos, com idades compreendidas entre os 23 e 41 anos, sendo uns agricultores e outros sem ocupação laboral, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. 

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