Os romeiros da 21ª Romaria a Cavalo Moita-Viana do Alentejo chegaram ontem, sábado, dia 29 de abril, a Viana do Alentejo e foram recebidos por milhares de pessoas nas ruas desta Vila Alentejana.
Recorde-se que esta tradicional romaria integra centenas de romeiros oriundos de vários pontos do país que voltam a cumprir a tradição ao participarem na XXI Romaria a Cavalo que liga os concelhos da Moita e de Viana do Alentejo. O percurso de cerca de 150 quilómetros, durante 4 dias, foi feito pela antiga canada real, mais conhecida pela Estrada dos Espanhóis.
A Romaria a Cavalo é organizada pelos Municípios da Moita e de Viana do Alentejo, Associação dos Romeiros da Tradição Moitense e Associação Equestre de Viana do Alentejo.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Rui Silva, um dos romeiros que participou nesta Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo, que veio de Ponte de Lima.
O romeiro começou por ser questionado se é habitual participar nesta Romaria a Cavalo, ao qual referiu que “há 10 anos que participamos nesta Romaria a Cavalo. Nós gostamos muito de cavalos, este é o maior evento, deste tipo, a nível nacional, fomos convidados por amigos nossos que marcavam presença, a participar e, como gostámos, temos vindo todos os anos”.
Rui Silva foi questionado quanto ao espírito de camaradagem vivido nesta romaria, ao qual nos confessou que “é indescritível, só participando é que dá para perceber”.
O romeiro de Ponte de Lima, falou também do desenrolar das etapas da romaria, descrendo que, apesar de ter corrido bem, “foi muito difícil, porque está muito calor, depois a organização, e bem, adiou a partida durante a tarde, foi feita durante a noite, porque os animais estavam a começar a passar mal, era calor a mais e estavam a desidratar mas, tirando isso, correu tudo bem”.
“No nosso grupo somos 10 pessoas e seis cavalos. Alguns foram entrando no grupo para participar, outros foram saindo, mas o núcleo do grupo mantém-se”, acrescentou.
Questionado sobre o significado as Senhora da Boa Viagem para este grupo de romeiros, Rui Silva contou-nos que “nós fomos educados desta forma, somos crentes, por isso temos essa parte religiosa que também é profunda e que respeitamos. Isto não é só lazer e não é só o gosto pelos animais, também temos a parte religiosa”.
“Esta é uma tradição religiosa para manter por muitos mais anos, tendo em conta a dimensão que tem. Nós encontrámos pessoas desde o Minho, como nós, até ao Algarve. Quanto ao número de participantes não sei dizer, mas na chegada devem estar mais de 500 cavalos”, finalizou.
