A Barragem do Pisão, também designada como Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, é já considerada como um dos mais importantes investimentos feitos no território do Alto Alentejo, projeto de relevância importância não só para o Alto Alentejo, onde vai situar-se, mas para toda a região.
Com um investimento total de mais de 200 milhões de euros, dos quais mais de 140 milhões financiados pelo Plano de recuperação e Resiliência(PRR), a sua conclusão está prevista para o final de 2026.
A construção desta nova barragem representará um factor de desenvolvimento para o setor da agricultura da região Alentejo, algo que a Federação da Associação dos Agricultores do baixo Alentejo vê com bons olhos.
Rui Garrido, Presidente da FAABA, em declarações à Rádio campanário, a propósito da construção deste empreendimento, referiu “é mais um barragem e quantas mais barragens fizermos melhor.”
O Presidente da Federação realça ainda que esta é uma barragem “anunciada desde o tempo da Maria Cachucha” e frisando que este “é praticamente o único investimento para a agricultura no âmbito do PRR, pois tudo o resto é para os serviços públicos. ”
Rui Garrido explica ainda que a barragem , estando situada no Alto Alentejo “vai ter mais influência nessa zona”. Ainda assim, considerando que no combate à seca “são necessárias mais represas de água pois a previsão é de que cada vez mais existam fenómenos extremos”.
A Federação defende a existência de pequenos regadios para apoio no combate à seca.
A Barragem do Pisão, aspiração antiga e histórica da região, vai garantir o abastecimento de água às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, no Alto Alentejo, num total de cerca de 55 mil pessoas, e permitirá regar cerca de 5500 hectares.