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Elvas: “O Alentejo tem uma boa reserva de água que pretendemos ainda ver aumentada” diz Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural (c/som e fotos)

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres esteve presente, esta quinta-feira, 2 de junho, no primeiro workshop do projecto “Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas no Alentejo” que decorreu na Escola Superior Agrária de Elvas.

A iniciativa promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) em conjunto com Universidade de Évora, visou dotar a região e os diversos agentes locais dos conhecimentos e projeções relativamente ao sistema climático, ecológico, social e económico de forma a que seja definida uma estratégia inteligente de adaptação ás alterações climáticas. Pretendendo ainda implementar estratégias de adaptação às alterações climáticas, em estudos casos selecionados que sejam tidos como exemplos tanto a nível nacional como internacional.

O workshop foi presidido pelo  vice-presidente da CCDRA, Jorge Pulido Valente, o vice-reitor da Universidade de Évora, Paula Quaresma, presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, o diretor da Escola Superior Agrário de Elvas (ESAE), José Rato Nunes e  o coordenador da ESAE, Francisco Mondragão.

A Rádio Campanário esteve no local e falou sobre o impato deste projeto com secretário e Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural que sublinhou “é um problema que nós temos que reconhecer que não conseguimos combater, temos é que conseguir conviver com ele e adaptarmo-nos”.

Amâncio Torres destacou o importante papel do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) “em procurar especies que sobrevivam em condições mais adversas e continuem a dar produção”. Acrescentando que “ trata-se de sermos minimamente inteligentes, perceber e aceitar o que se está a passar tendo a noção que o homem tem a sua escala de interferência no mundo (…) para sobrevivermos vamos ter que fazer umas situações mais dificeís e tomar também como preocupação permanente que não devemos danificar o ecossistema de maneira a não acelerar os processos de alterações climáticas”.

No que concerne á região Alentejo asseverou que “é uma zona em de pluviosidade forte e se não houver um bom coberto do terreno dá origem a corrimentos superficiais e feita a regimes torrenciais que provocam estragos”. Realçando que “o Alentejo tem uma boa reserva de água que pretendemos ainda ver aumentada porque é estratégico para o país ter água e é importante para a sobrevivência das pessoas bem como para as atividades económicas”.

Para o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural “ este tipo de forúns são fundamentais porque temos gentes de diversas formações e qualificações sendo que esta forma que foi adoptada pela organização de fazer grupos temáticos, discussões temáticas e depois juntar as conclusões dá origem a que seja mais rica a discussão e consigamos recolher muitos mais contributos (…) só precisa este forúm é ser enriquecido com mais agentes económicos”.

Sobre os pedidos que lhe foram dirigidos nesta sessão referiu que “ levei boa nota do POSEUR a questão pertinentemente colocada pelo vice-presidente da CCDRA e também sobre o que o presidente da Câmara disse relativamente ao alinhamento das pretensões da Comunidade Intermunicipal”.

O vice presidente da CCDR , Pulido Valente, revelou que “este workshop teve muita adesão (…) os resultados e os objetivos que tinhamos foram plenamente atingidos que no fundo era sensibilizar,  informar á cerca da questão da adaptação ás alterações climáticas e depois angariar novos parceiros para o projeto bem como os referidos contributos”. Portanto “foi para nós uma grande satisfação e execedeu até as expetativas que tinhamos pelo número de participantes e pela dinâmica de participação”

Instado a pronunciar-se sobre o montante do financiamento deste projeto afirmou que “não temos ainda determinado o orçamento global, vai depender muito do envolvimento de novos parceiros, mas não estamos muito preocupados com isso até porque temos depois que recorrer a várias fontes de financiamento para conseguir sustentar financeiramente o projeto”.

Pulido Valente conta-nos ainda que aproveitou a visita do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural para fazer dois apelos, o primeiro “em termos de enquadramento financeiro em programas comunitários de financiamento europeu e depois também o apelo para que os serviços concentrados da administração pública na região se envolvam mais ativamente neste processo”.

A esta Estação Emissora o autarca elvense, Nuno Mocinha defendeu que  os municípios devem ter uma participação mais ativa nesta questão, afirmando “dado que as alterações climáticas têm muito haver com diferentes setores de atividade mas desde logo mexem com os territórios, nós não podemos só atuar quando vem uma vaga de calor ou quando vem uma precipitação elevada, ou seja, devemos estar preparados dentro daquilo que é possível para que as populações não sofram as consequências dessas mesmas vagas que como se sabe são praticamente incontroláveis, mas há medidas minimizadoras de o fazer”. Esclarecendo ainda que “aquilo que no fundo eu me dispus foi a fazer passar também  essa mensagem aos meus colegas e disponibilizar a Câmara Municipal de Elvas para colaborar com a CCDRA nesta problemática e adaptarmos também os nossos territórios a estas questões”.

As áreas da agricultura e recursos hídricos, turismo, saúde, governação e ordenamento do território e biodiversidade, foram os assuntos da ordem do dia deste projeto que tem como parceiros a Administração Regional de Saúde do Alentejo, a APA/ARH Alentejo, a Câmara Municipal de Elvas, a CIBIO/ InBio, Comunidades Intermunicipais, Delta, EDIA, ICNF e IPP/Escola Superior Agrária de Elvas.

 

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