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Sábado, Abril 27, 2024

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“Está na altura de Portugal ser uma grande referência nos vinhos do mundo e creio que os anos de 2015/2016 vão ser anos muito promissores para Portugal”, diz Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba (c/som)

Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de Adegas constituídas no Alentejo, com o incentivo da então Junta Nacional do Vinho, numa altura em que o setor não tinha o protagonismo que hoje tem na economia regional.

Ao longo dos anos a Adega de Borba tem vindo a sofrer transformações, sendo a última, uma nova Adega para vinhos topo de gama que permite a seleção da uva bago a bago.

A Adega Cooperativa de Borba que produz anualmente um milhão de caixas de nove litros de vinho e que reúne cerca de 300 viticultores que cultivam cerca de 2 mil e 200 hectares de vinha nos concelhos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa, é nos dias de hoje “uma referência não só no Alentejo mas em Portugal, mas obviamente que os nossos desafios são muito grandes”, segundo declarações de Manuel Rocha à Rádio Campanário.

O responsável pelas estratégias e pela visão da empresa refere, “hoje em dia não podemos ver só o mercado nacional, o mercado é o mundo inteiro e apesar da nossa dimensão relativa, no Alentejo e em Portugal, somos das maiores adegas, não somos a maior Adega do mundo, mas obviamente que queremos concorrer nesse mercado global e para isso estamos a apetrechar todos os dias, todos os dias queremos que os nossos viticultores tenham mais enfoque em produzir uvas de qualidade e para isso temos equipamento que nos vai permitir fazer vinho de qualidade e a Adega de Borba tem uma equipa fantástica e por isso creio que estamos a reunir as condições para podermos ser competitivos neste mercado global que é o mundo interno”.

Manuel Rocha diz que “está na altura de Portugal ser uma grande referência nos vinhos do mundo e creio que os anos de 2015/2016 vão ser anos muito promissores para o setor do vinho em Portugal”.

O diretor da Adega de Borba realça os prémios que têm sido recebidos, “a Adega de Borba teve mais de 50 medalhas em 2014, mas não nos podemos esquecer que a humildade faz parte de todos nós, temos parceiros competidores muito fortes com vinhos fantásticos, com preços muito agressivos e por isso esses prémios todos não podem fazer com que a gente tenha alguma presunção, sabemos que temos bons vinhos, boas uvas, bons viticultores, bons associados, uma boa equipa, equipamentos de excelência mas com a nossa humildade, vamos tentar fazer com que a Adega de Borba possa crescer cada vez mais”.

Com vendas no mercado nacional de 80% e 20% direcionadas para o mercado externo, Manuel Rocha diz que “o objetivo é começar a inverter essa tendência”, acrescentando, “temos uma das Adegas mais modernas de Portugal”.

Questionado, o dirigente refere que “o setor é altamente fragmentado, as empresas são muito pequeninas, têm poucas capacidades, no entanto não quer dizer que não exista espaço para pequenos produtores, no entanto os investimentos que se conseguem fazer no mercado de exportação requer ter alguma capacidade de investimento, recursos humanos à altura e isso as empresas mais pequenas têm muito mais dificuldades, por isso aquilo que eu vejo é que no associativismo poderá estar a chave para este problema, no entanto em Portugal, há uma cultura avessa ao associativismo”.

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