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Domingo, Abril 28, 2024

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“Estas pedras, da Zona dos Mármores, são parte da nossa identidade e homenageiam o nosso património,” diz Sérgio Carronha (c/som e fotos)

Foi hoje inaugurada a exposição Homenagem às pedras tiradas do seu sossego, de Sérgio Carronha no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, onde a Rádio Campanário esteve presente.

Sérgio Carronha reside e trabalha em Montemor-o-Novo e frequentou o curso de Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e a sua relação com a natureza, com o cuidado e com a alma das matérias-primas, com a identidade e a origem das coisas, com a continuidade e permanência estão presentes nesta exposição onde os desperdícios que a indústria da pedra mármore produz serão reutilizados.

A Rádio Campanário falou com Sérgio Carronha que começou por referir que “esta exposição funciona como uma reflexão sobre os nossos materiais com que construímos as nossas casas, como os nossos antepassados que fizeram os primeiros caminhos, todas as edificações.” Neste sentido, “aquilo que nós queremos é prestar esta homenagem às pedras, considerando que ao dar este respeito às pedras podemos respeitar todos os outros aspetos da vida, as plantas as pessoas.”

Esta criação artística “funciona um pouco como uma prestação de respeito ao trabalho que foi feito pelos nossos antepassados e um lançamento para os nossos próximos passos.”

As pedras utilizadas são essencialmente mármore e segundo Sérgio “é um mármore que tem proveniência aqui da zona de Estremoz e de Vila Viçosa, e também tem alguns de Beja, de Trigaches, e também tem alguns de Viana e Vila Verde de Ficalho.”

Segundo o artista a “estas pedras são parte importante da nossa identidade e era isso que eu queria reforçar.”

A exposição está integrada num museu que Sérgio considera “um dos museus mais interessantes de património alentejano.”

Em conclusão o artista apontou que “pareceu-me interessante fazer este conjunto de esculturas para as pessoas usufruírem e se reconhecerem como parte delas.” Esta arte permite “homenagear o nosso património, as nossas pessoas e os seus trabalhos através das pedras”.

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