15.9 C
Vila Viçosa
Sábado, Abril 27, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

“Estávamos a 40km de Lisboa, foi cansativo, mas as palavras do Papa fizeram-nos refletir sobre união” diz Mariana Mestre (c/som)

Chegaram ao fim, no passado domingo, dia 6 de agosto, as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que se realizaram em Lisboa.

Estas JMJ contaram a participação de cerca de milhão e meio de jovens peregrinos de todo o mundo, que antes da realização da JMJ, estiveram presentas nas várias Arquidioceses do nosso país para os Dias na Diocese, onde estes jovens foram alojados em várias terras de cada distrito, onde desenvolveram atividades de âmbito religioso.

No total, foram 44 os elementos da comitiva de Vila Viçosa que se deslocaram à JMJ, entre peregrinos e voluntários, fizeram também parte desta comitiva uma enfermeira voluntária, dois sacerdotes e dois ministros extraordinários da comunhão que exerceram o seu ministério nas jornadas, dos quais 37 eram de Vila Viçosa e sete de Alandroal.

A Rádio Campanário falou com Mariana Mestre, uma das voluntárias que integrou a comitiva que acompanhou que se deslocou até à capital para as JMJ, que nos fez um balanço das atividades desenvolvidas ao longo desta semana em Lisboa e falou-nos também sobre a emoção vivida por estes jovens na JMJ.

Em declarações à nossa redação, a voluntária começou por nos contar um episódio em que em veículo do Papa, durante um passeio pela cidade de Lisboa passou“muito juntinho a nós, inclusive o seu veículo parou para abençoar um bebé, e todos os nossos jovens ficaram emotivos, e nós também conseguimos sentir essa emoção de estar ali com o Santo Padre. Além disso, foi muito emocionante todas as mensagens que escutámos, desde a celebração do acolhimento até à missa do envio, as mensagens que o Santo Padre nos deixou foram muito importantes. Destaco aqui aquilo que a igreja é para todos e é de todos. Nós sentimos a alegria de todos os jovens, de todas as culturas , de todas as nações. Quando estávamos no Parque Eduardo VII, e o Santo Padre pediu para repetirmos as suas palavras, estas foram ditas por todos os jovens, em várias línguas ao mesmo tempo. Para nós foi um balanço bastante positivo, quero destacar que o amor de Cristo une divergências, une diferenças e faz-nos sentir mais unidos. Espero que a partir daqui a Igreja, não só local, mas também mundial, consiga levar este espírito de amor, fraternidade e união para sempre, e que caminhemos e continuemos a caminhar neste espírito de união”.

Questionada sobre o sentimento dos jovens que foram acompanhados pelo COP de Vila Viçosa, após terminadas as JMJ, Mariana Mestre referiu que “penso que, a cima de tudo, foi o sentimento de não estarem sós neste mundo, que vivenciaram uma fé única e, acho que aquilo que os uniu, foi uma frase pronunciada pelo Papa, que foi ‘Só olhamos de cima para baixo para os outros, quando é para os ajudarmos a levantar’, eles focaram isso em alguns momentos de reflexão que tivemos e que tivemos oportunidade de fazer, e acho que é uma mensagem muito importante para todos, para uma sociedade que vive essencialmente de competição, e muitas vezes de dificuldades”.

“Nós chegámos no dia 1 de agosto, por volta das 13h, ao Carregado, nesse dia ainda fomos para Lisboa, ou seja, as nossas deslocações implicavam sempre duas horas e meia de transportes até Lisboa. Ainda participámos na primeira missa, de dia 1 de agosto e, depois, terminámos mesmo a nossa missão no Campo da Graça, onde participámos na bênção final, e depois, dirigimo-nos novamente para o Carregado, com muita dificuldade, porque eram muitos jovens a caminhar, e tivemos a dificuldade não só da distância, mas também do calor, e da dificuldade de gente também que existia na Estação do Oriente. Foram cerca de três ou quatro horas, que exigiu muito de nós, houve ali ainda algumas dificuldades físicas de alguns jovens, mas conseguimos ultrapassá-las e encontrar sempre soluções para tudo. Fisicamente, a viagem terminou no domingo, mas acho que não vai terminar nunca porque muito têm uma semente no seu interior, que vai certamente florescer nesta sociedade e neste mundo, seja ele onde for, que nós sabemos que os nossos jovens nem sempre sem ficam aqui na nossa região”, acrescentou

Questionada se o balanço das JMJ foi positivo, sobretudo para esta comitiva de Vila Viçosa, Mariana Mestre referiu que “penso que, certamente, o balanço é extremamente positivos porque, apesar de algumas dificuldades, o que supera sempre, são as vantagens e os aspetos positivos que cada um pode tirar para si e, acho que este encontro, esta partilha, esta união, esta vivência de culturas, vivenciar o amor e vivenciar esta experiência, é algo marcante que fica para todos. Portanto, mostrámos ao mundo que o espírito do amor são aqueles que se desejam, e nós desejamos caminhar para um mundo melhor, tal como o Papa apelou, para a paz”.

Populares