Os Bombeiros Voluntários de Estremoz comemoram este ano 90 anos e a cerimónia de encerramento destas comemorações decorreram este domingo e contaram com a presença de diversas entidades, entre elas o Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Brigadeiro General Duarte Costa.
Na sua intervenção, o Presidente da ANEPC, referenciou as principais dificuldades com as quais os Corpos de Bombeiros do País se debatem no seu dia a dia.
Em declarações à Rádio Campanário, o Brigadeiro General Duarte Costa referiu-nos a este propósito “os Bombeiros ultrapassam-se a si próprios e fazem com que nós, que trabalhamos para dar cada vez mais condições aos Bombeiros, nos tenhamos que ultrapassar para que eles façam cada vez melhor e estejam cada vez mais seguros do seu trabalho.”
No que diz respeito ás maiores dificuldades existentes, o Presidente da Proteção Civil diz “os problemas estão identificados” explicando que “no início do ano foram ouvidos todos os presidentes das Associações Humanitárias e os comandantes de todos os Bombeiros do País, para sentir o pulsar daquilo que são as suas necessidades.”
Os problemas existentes, refere, estão sobretudo ligados “à carreira , ao financiamento das Associações Humanitárias e o reequipamento dos próprios corpos de bombeiros.”
Duarte Costa referiu ainda “os recursos são sempre escassos e o Estado central, através da autoridade , tem feito um esforço para podermos acolher essas necessidades e darmos aos Bombeiros aquilo que eles precisam para cumprirem a sua própria missão.”
O Presidente da ANEPC adianta “já muito foi feito mas ainda há muito por fazer.” No que diz respeito aos equipamentos explicou “assinámos agora um contrato com um produtor que vai no prazo de 400 dias entregar 81 viaturas de Bombeiros.”
Questionado pela Rádio Campanário sobre o número de viaturas a direcionar para Região Alentejo, o Brigadeiro Duarte Costa explicou “trata-se de um processo dinâmico, vamos esperar que as viaturas venham.”
Já no que diz respeito ao financiamento, o Brigadeiro General referiu “tem havido um esforço de aumentar o financiamento para os Bombeiros” acrescentando “as Associações Humanitárias foram todas , em termos de financiamento e desde 2015 até agora, sofreram um incremento de 50 a 60%” sublinhando ainda que “nenhum setor do estado teve esse incremento.”
“Sabemos que não chega e é uma das questões que temos que continuar a trabalhar” concluiu a este propósito.
Já no que diz respeito à carreira, o Presidente da Autoridade nacional de Emergência e Proteção Civil salientou “é a condição “sine qua non” para começar a mudar o próprio sistema” sublinhando a importância de ter sempre como base “o voluntariado , fator essencial para os corpos de bombeiros mas partir para a profissionalização.”
Esta questão é de extrema importância para dar “estabilidade” fazendo com que seja possível um ou uma jovem de 19 anos dizer “quero fazer a minha vida nos Bombeiros ou na Proteção Civil .”
