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Sábado, Abril 27, 2024

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Estremoz: FIAPE inaugurada com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral que destacou a “importância dos produtos regionais e a diferenciação que criam, não só para a valorização da produção regional.” (c/som e fotos)

Decorreu ao final da manhã do dia 27 de abril, a cerimónia de inauguração da FIAPE – Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz, que contou com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

No momento inaugural da FIAPE – Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz que decorreu no Auditório do Pavilhão A do Parque de Feiras, foram divulgados os resultados e entregues os prémios do II Concurso de Vinhos FIAPE, do IV Concurso Regional de Azeites e do XXI Concurso de Cozinha Alentejana.

O vídeo “FIAPE 30 anos” e uma homenagem à comissão organizadora da FIAPE e aos fundadores da ACORE, como forma de comemoração dos seus 30 anos, fizeram parte da cerimónia inaugural do certame.

São cerca de 450 expositores em diversas áreas de atividade, nomeadamente, pecuária, artesanato, maquinaria agrícola, comércio e indústria, produtos regionais, instituições e ramo automóvel, que podem ser visitados até ao próximo dia 1 de maio, na 30.ª FIAPE e a 34.ª Feira de Artesanato.

A Rádio Campanário esteve presente no ato inaugural e falou com o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral que referiu que “feiras como a FIAPE mostram a importância que os produtos regionais e a diferenciação e o valor que eles criam têm, não só para a valorização da produção regional, mas também para a valorização da experiência turística de quem nos visita e vem à procura da nossa história, das nossas tradições, mas também a história e as tradições se reflete nos produtos que temos e cria mais valor a esses produtos, à experiencia turística, por isso, para nós, é muito importante esta ligação entre turismo e outras atividades económicas, nomeadamente as alimentares e as da agricultura, mas não só, as de artesanato também aqui estão presentes, são atividades complementares que se valorizam umas às outras e é importante que os turistas que visitam Portugal aprendam mais sobre os produtos portugueses e tenham uma experiência melhor ao beber os nossos vinhos, ao comer os nossos queijos e as belas sobremesas que aqui foram hoje premiadas. É muito importante também que ao fazerem essa aprendizagem, depois sejam eles importadores dos nossos produtos pelo reconhecer e pelo conhecimento que tem da qualidade dos produtos portugueses”.

O Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha salienta que a feira faz 30 anos, “eu já tenho 19 de participação, digamos que a consolidação da feira é difícil porque muitas vezes lutamos por forças exteriores que não têm nada a ver com a situação, mas nós com força e determinação, quer da câmara, quer de todos os investidores do concelho e exteriores, os concelhos que fazem aqui a sua mostra daquilo que fazem durante o ano, quer na agricultura quer no comércio, quer na indústria, têm valorizado significativamente a nossa feira e estamos satisfeitos. É evidente que é uma satisfação que só se vai ver completa na segunda-feira, mas penso que vamos atingir os objetivos que traçamos”.

Questionado sobre as propostas que pensa apresentar ao Ministro da Economia, expressa que “são três ou quatro pontos que são fundamentais, a nossa proposta de desenvolvimento para o concelho, e espero que uma das minhas propostas sejam atendidas, nomeadamente os fundos comunitários estarem atrasados, não faz sentido chegarmos a abril e os fundos comunitários não estarem ainda no terreno, o que nos tem dificultado a vida porque estamos a desenvolver a zona industrial dos Arcos e o facto de estarmos a desenvolver aquilo e não estar financiado pelos fundos comunitários, está a atrasar outros projetos que queremos desenvolver, e a lei dos compromissos não nos permite fazer”.

Instado sobre as obras que o atraso dos fundos comunitários estão a condicionar, refere que “para desenvolvermos um trabalho de fundo, só com fundos comunitários”.

As obras previstas, segundo o autarca, “são a regeneração urbana porque temos vários investidores no concelho que estão a desenvolver projetos para recuperar património degradado e desenvolverem projetos turísticos e as ETAR, porque também têm a ver com a área do Ambiente, o desenvolvimento económico que tem a ver com a Zona Industrial de Arcos, também o apoio às empresas, não se pode dar apoio às primeiras empresas e depois deixar-se para trás as infraestruturas que vão beneficiar essas empresas que estão a concorrer. Há aqui um misto de interesses que têm que ser analisadas em comum”.   

Para António Ceia da Silva, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT), a FIAPE “é uma das feiras emblemáticas do território que reúne, não só a expressão agrícola, mas também a agroindustrial que tem muita força no território e é de facto muito relevante esta feira que tem uma dinâmica muito especifica, está muito bem localizada, tem uma localização geográfica fantástica com o acesso à autoestrada, muito próximo de Lisboa, e os eventos são fatores que podem ajudar a desenvolver o território”.

Arnaldo Frade, Delegado Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) destaca o facto de ter terminado no Baixo Alentejo a Ovibeja, “e agora temos a FIAPE no Alentejo Central, é muito importante termos iniciativas desta natureza porque acabam por ser iniciativas do ponto de vista do dinamismo económico que tem a sua importância. Esta feira tem também uma importante dimensão na área do artesanato, nós próprios apoiamos essa ala da feira e portanto é uma iniciativa importante que marca simbolicamente, não só com esta apresentação e esta inauguração, mas que durante alguns dias vai trazer aqui um dinamismo e que vai fazer a mostra do que é Estremoz, potenciando o emprego e sempre que se potencia o emprego, nós estamos presentes na medida daquilo que são, a cada momento, as nossas possibilidades”.

A animação diária do certame está assegurada com a realização de várias atividades de caráter cultural, desportivo e recreativo, com destaque para as atuações de Diogo Piçarra, Mickael Carreira, The Gift, Agir, Kura e uma tarde dedicada ao Alentejo, com cante alentejano, folclore e música tradicional.

As noites da FIAPE continuam após os espetáculos e prolongam-se até ao romper do dia seguinte, com discotecas e bares a assegurar a animação noturna.

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