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Estremoz. Malvada Associação Artística inaugura a exposição ‘Retratos de Estremoz’!(c/fotos)

A Malvada Associação Artística inaugura a exposição ‘Retratos de Estremoz’, com fotografias de José Miguel Soares, no Posto de Turismo de Estremoz, no dia 13 de novembro, pelas 10h, mantendo-se neste espaço até ao dia 12 de dezembro de 2021.

Esta exposição inclui-se no projeto ‘Topofilias’, que envolve a população excluída por envelhecimento e isolamento e tem como foco o espaço e o lugar praticado e vivido, como forma de recuperar e produzir memória através da construção de um olhar sobre e a partir do património humano.

Realizado nos Municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Évora e Reguengos de Monsaraz, o projeto inclui-se no Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central promovido pela CIMAC e é apoiado pelo Município de Borba. Esta é a primeira das cinco exposições fotográficas apresentadas nestes concelhos entre outubro e dezembro de 2021.

A exposição ‘Retratos de Estremoz’, com fotografias da autoria de José Miguel Soares, resulta de um longo processo criativo e de inclusão com seniores, integrado no projeto ‘Topofilias’. Neste concelho, o projeto desenvolveu-se maioritariamente nas ruas e nos bairros do centro, onde se aprofundou uma estreita relação com os estremocenses. Partimos à descoberta pelas ruas, nas quais abordamos espontaneamente os residentes e comerciantes, que aderiram imediatamente ao projeto e participaram nas suas diferentes fases.

Outros foram encaminhados pelas mediadoras do Município e da Academia Sénior de Estremoz, Carla Correia e Maria João Onofre, que para além de estabelecerem a relação com o público-alvo, levaram-nos aos ‘segredos’ mais escondidos de Estremoz. O processo englobou a realização de sessões de partilha e de mapeamento com os participantes, que nos permitiram identificar os locais de referência das suas vidas: desde o Rossio, ao pelourinho, à Pousada Rainha Santa Isabel, ao tanque público, à Tipografia Progresso, ao Teatro Bernardim Ribeiro e muitos outros.

De acordo com a organização “Conhecemos a Margarida, o Manuel e a Maria Gertrudes, proprietários da Casa Pixa Negra, com mais de 50 anos de existência. Cruzamo-nos várias vezes com as residentes da Rua da Pena, Maria Filipe e Edite, com Angelina, cujo gabinete é a rua, com vista para o Terreiro do Loureiro e o campo, e com Virtuosa Ramalho, que pertence ao grupo de teatro e faz bonecos de Estremoz. Estivemos também com a Conceição Madeira e com o Sr. Cartaxo e respetivos familiares, comerciantes do Rossio, e com Joaquim António Santos, do Orfeão Tomás Alcaide, local incontornável da maioria dos testemunhos recolhidos e memórias revividas. Estes foram apenas alguns dos muitos participantes com quem falamos e fotografamos. No seguimento dessas sessões e visitas, realizámos sessões de retrato de estúdio na Academia Sénior de Estremoz e no Mercado Tradicional. Os retratos, o registo dos espaços recordados, dos objetos estimados ou perdidos constituem um depósito de pedaços de memórias e de vidas.”

 

 

 

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