Tal como a Rádio Campanário noticiou, a Câmara Municipal de Estremoz, aprovou ontem, em reunião de Câmara, as Grandes opções do Plano e o orçamento Municipal para 2023.
Recorde-se que, os documentos estiveram pela segunda vez em reunião de câmara, para apreciação e votação uma vez que, na primeira reunião, foram chumbados com o voto contra dos vereadores do MIETZ e da Coligação PSD/CDS-PP/PPM .
A Rádio Campanário falou com José Daniel Sadio, Presidente da CM de Estremoz, sobre esta aprovação e o que mudou nos documentos inicialmente apresentados.
O Autarca começou por nos referir “no essencial nada mudou de visível naquilo que foi a nossa proposta anterior, proposta essa que foi inviabilizada na primeira vez que os documentos estiveram a votação em reunião de câmara.”
José Sadio, que desde o primeiro momento garantiu seria inviável governar Estremoz ou outro Município sem ter o orçamento aprovado, sublinha que “respeitando o que são as regras da democracia e sendo este um executivo que não está em maioria, e ainda que estivesse, pedimos os contributos às outras forças políticas” esclarecendo refere que, de forma responsável e “na sequência da não aprovação inicial, voltou a solicitar contributos, desta vez às forças políticas representadas na Câmara Municipal, MIETZ e Coligação, voltámos a pedir contributos .”
Após pedido, a Autarquia “recebeu contributos por parte do MIETZ enquanto a coligação reiterou os anteriores já enviados.”
José Sadio adianta-nos ainda que, “no caso dos contributos do MIETZ, eles já faziam parte das grandes opções do plano e do orçamento e os do PSD também, tendo existido no entanto, apenas uma alteração simbólica numa rubrica, relacionada com a Escola do Caldeiro.”
Face ao documento inicialmente apresentado, garante o Edil “na realidade não alterou nada pois a obra é para assumir e para fazer; estamos a falar de uma alteração de 20 a 30 mil euros num orçamento de 20 milhões de euros, ou seja, nada mudou.”
Para o Presidente de Estremoz, tendo agora o orçamento sido viabilizado pela oposição, pode tratar-se de, como refere “a própria oposição, secalhar, foi mais consciente e ponderaram aquilo que é um orçamento de 20 milhões de euros e aquilo que são as grandes linhas para o concelho de Estremoz e de forma responsável viabilizaram o orçamento.”
Questionado pela RC relativamente aos contributos agora apresentados pelo Mietz, já todos existentes no Orçamento, considera José Daniel Sadio que “ se o MIETZ nos tem enviado os contributos atempadamente, ou seja na primeira vez que os mesmos foram solicitados, a reunião seria a mesma e teriam percebido que aquilo que eram os seus contributos, já estavam incorporados e estariam assegurados.”
A Rádio Campanário questionou ainda ao Autarca se, em termos financeiros, a segunda versão do documento, apresentava alterações significativas, José Daniel Sadio realçou “alterou a rúbrica da Escola do Caldeiro, como já referi” explicando “quando nós temos uma rubrica com um projeto ou atividade, onde temos o financiamento definido e não definido significa que o definido é o que conseguimos cabimentar no momento em função do que é a Lei dos Compromissos; o não definido significa que é o que não está disponível mas estará no momento seguinte.”
Fruto de obras que por diversas condicionantes não ficaram concluídas ainda em 2022, o Município “teve que incorporar ainda mais 700 mil euros de despesa, pelo que houve necessidade de alterar uma ou outra rúbrica mas, no essencial, não se alterou nada.”
As Grandes Opções do Plano e Orçamento vão agora ser discutidos e votados na Assembleia Municipal de Estremoz.
