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Sábado, Abril 27, 2024

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Estremoz: “Os militares fazem muito com pouco; Falta olhar para a Instituição Militar com equidade” diz Tenente-General Xavier de Sousa(c/som)

Decorreu ontem em Estremoz a Cerimónia Militar que assinalou os 316 anos do regimento de Cavalaria de Estremoz(RC3), uma cerimónia onde foram várias as entidades civis e militares presentes.

O Tenente-General do Exército Português, Xavier de Sousa, marcou presença e após a cerimónia falou aos jornalistas.

O general começou por referir “este aniversário do RC3 significa acima de tudo o nosso compromisso com a sociedade civil” acrescentando “é também a nossa vontade de nos darmos porque não há país sem uma coluna vertebral da qual fazemos parte.”

No discurso que fez o Tenente-General deixou críticas dizendo que se tem “feito muito com muito pouco” explicando “não há verdade sem crítica”.

“Os nossos militares todos os dias se transformam para cumprirem as suas missões” acrescenta exemplificando o apoio do exército no combate aos incêndios ou na proximidade que estes militares têm com as populações. Xavier de Sousa referiu ainda as missões internacionais onde os militares portugueses participam.

Na sua opinião “faz falta olhar para a Instituição Militar com olhos de equidade.”

Questionado pela Rádio Campanário se, quando afirma que um militar fazem quatro, faz falta outro tipo de recrutamento, o General refere “estes militares recebem uma quantia abaixo dos 900 euros valor que hoje em dia, qualquer pessoa que não faz fim de semana e que não tem o sacrifício que estes militares têm, recebem este valor.”

O Tenente -General acrescenta ainda que “qualquer militar que tem esta baixa carreira contributiva não vai ficar nas fileiras.” No que diz respeito aos contratos “estamos a implementar o regime do contrato especial que vai até aos 18 anos, estamos a dar valores, nós estamos a fazer tudo para aumentar o número de militares” realçando contudo que o “problema está na valorização contributiva a nível salarial.”

Na sua opinião “todos estes sinais devem espevitar quem tem sinais de decisão para refletir e mexer e não encontrar soluções que no final não são soluções.”

Por último , questionado pela RC se considera que aquele que era o paradigma das nossas forças de segurança mudou, o Tenente-General adiantou “estamos em muitos teatros o que demonstra que é preciso mais RCA e são teatros onde se morre” dando como exemplo a Roménia , Mali, entre outros.

Realçou ainda que o Exército Português “chegou a estar em três contexto de guerra ao mesmo tempo”. Hoje, diz “estamos mais bem preparados, temos mais equipamentos mas morre-se e todos os dias se correm riscos.”

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