A Câmara Municipal de Évora aprovou por unanimidade, emitir uma licença especial para a conclusão das obras de construção do empreendimento comercial inacabado na zona de Almeirim, prevendo a nova detentora, a Ares Capital, ter o espaço disponível ao público já nos primeiros meses do próximo ano.
Recorde-se que em 2011 iniciava-se em Évora a construção de um centro Comercial, que iria servir a população de todo o Alentejo, tendo sido previsto que o final das obras e consequente abertura seria em 2013.
A crise que ocorreu a meio do ano de 2014 no Banco Espirito Santo, veio agravar ainda mais a situação deste imóvel por concluir, tendo a sua propriedade sido transferida para o Novo Banco. O Novo Banco que em finais de 2014 colocou vários centros comerciais do seu portfólio à venda, onde se incluiu o Évora Shopping.
O Évora Shopping, um investimento de 60 milhões de euros da empresa “EVRET – Investimentos e projectos imobiliários S.A.” incluía, para além do centro comercial, um stand alone e o Évora Retail Park.
Entretanto surgiu a ideia de instalar, junto ao centro histórico de Évora, um centro comercial, a fim de revitalizar esta zona da cidade, situação que o presidente da autarquia eborense, em declarações à Rádio Campanário em janeiro de 2015, via com bons olhos, porque é “um empreendimento que nós possamos influenciar no sentido de minorar os impactos negativos e potenciar os eventuais impactos positivos, do que ter um empreendimento com esta dimensão, onde não possamos ter qualquer influência”.
Carlos Pinto de Sá disse na altura que o Évora Shopping era “um mau cartão-de-visita para a cidade Património Mundial (…) uma obra que está parada, não teve seguimento e é um mono que ali está, mas a câmara não tem qualquer possibilidade de intervir, é um empreendimento privado”.
O presidente da Câmara de Évora afirmou também que “Évora só terá capacidade para um centro comercial, isso foi objeto de estudo e consideramos que aponta nesse sentido, Évora quanto muito poderá apenas suportar um centro comercial”.
Neste momento encontra-se a decorrer um concurso público para a venda de terrenos, junto às Portas de Avis, destinados à construção de um centro comercial, com um valor base de quase quatro milhões e meio de euros, sendo os referidos lotes propriedade da Câmara Municipal de Évora.
Também a Associação Comercial do Distrito de Évora considera que a cidade não suporta a existência de duas superfícies comerciais de grande dimensão e já fez sabê-lo à Câmara Municipal.
