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Sexta-feira, Maio 3, 2024

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Ex-Ministro suspeito de corrupção no caso do Consórcio H2 Sines

 Segundo documentos a que (Lusa) teve acesso: O ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, está a ser investigado por suspeitas de corrupção passiva e prevaricação no caso do lítio e hidrogénio, relacionado com o consórcio H2 Sines. De acordo com o Ministério Público (MP), Matos Fernandes terá, juntamente com o então ministro das Infraestruturas, João Galamba, em 2020, imposto a integração das empresas REN, EDP e Galp no projeto de hidrogénio verde do Resilient Group, denominado Green Flamingo.

Matos Fernandes também está sob suspeita na concessão da exploração de lítio na mina do Barroso à empresa Savannah, alegadamente impondo a entrada indevida da Galp na participação da Savannah Lithium em conjunto com João Galamba e Rui Oliveira Neves, então diretor da Galp.

A atividade de Matos Fernandes está sendo investigada em relação à aprovação da legislação sobre a gestão de resíduos, uma vez que a Abreu Advogados assessora empresas deste setor, e à sua relação com a Associação das Empresas de Gestão de Resíduos não perigosos (APERA), que estava sob a sua tutela.

O MP também alega que Matos Fernandes terá prejudicado o combate à seca em favor do Partido Socialista nas eleições legislativas de 2022, ao atrasar a tomada de medidas após ter sido alertado para o agravamento da seca.

Além dessas acusações, Matos Fernandes é suspeito de influenciar a seleção dos arquitetos Inês Lobo e Alexandre Alves Costa no júri do concurso para a construção da nova ponte do metro do Porto sobre o rio Douro, apesar de os procuradores não conhecerem ainda a motivação por trás dessa ação e seus resultados.

Esta investigação levou à detenção de várias pessoas, incluindo o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa. O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos.

O primeiro-ministro, António Costa, está também a ser alvo de uma investigação autónoma do MP em relação a este caso, devido a alegações de que teria intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios sob investigação.

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