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Quinta-feira, Maio 2, 2024

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Exposição “Pavia Meu Amor” transforma as ruas da vila alentejana em galeria ao ar livre

CM Mora

Até novembro deste ano, as ruas da vila de Pavia, localizada no concelho de Mora, no distrito de Évora, serão transformadas numa galeria ao ar livre graças à exposição “Pavia, meu amor”, do fotógrafo e pintor Bruno Réquillart.

Este fotógrafo e pintor de origem francesa tem residido intermitentemente em Pavia, onde viveu com a pintora Inês Barahona, nas últimas décadas. A aproximação entre os dois ocorreu em Paris enquanto aquela artista, oriunda de uma família alentejana, estudava nas Belas Artes como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, integrando o círculo da Maria Helena Vieira da Silva.

Bruno Réquillart, cuja obra integra os acervos de instituições como a “Médiathèque de l’architecture et du patrimoine”, o Centre Georges Pompidou e a Jeu de Paume, em Paris, tem-se dedicado ao registo documental da vida comunitária de Pavia. Tem também apresentado algumas fotografias realizadas naquele território em exposições na Coreia doSul, no GoEun Museum of Photography, em Busan, na China, no XiZilong Museumem Changsha e na galeria Tiandi, em Wuhan. Outro espaço que acolheu as imagens de Pavia foi a Fundação Gulbenkian em Paris, na mostra “Pavia-Paris”, em 2004.

A edilidade pretende com esta iniciativa dinamizar culturalmente a vila, que segundo Custódia Casanova, docente e presidente da junta local, possui um património cultural relevante, que integra a Capela de São Dinis, no interior de uma estrutura megalítica commilhares de anos e a Casa-Museu do artista plástico neo-realista Manuel Ribeiro de Pavia. A vila de Pavia está também associada ao escritor Fernando Namora que na década de 40 do séc. XX ali exerceu medicina, pintou e escreveu alguns dos seus livros mais conhecidos como é o caso de “O Trigo e o Joio”.

As quarenta e sete fotografias de Bruno Réquillart , em grande formato – 13 (108 x 292,5cm.), 7 (72×195 cm.), 20 (60 x 162,5 cm.), 7 (48 x130 cm.) – serão instaladas nas chaminés monumentais e paredes das casas da vila, na Junta de Freguesia, na Torre de Relógio, numa Igreja, e na parede de um lar, abrangem a produção artística entre 2001 e 2021.

Do programa da mostra ao ar livre fazem ainda parte dois debates, promovidos em Lisboa, no dia 20 de abril, em parceria com a Alliance Française, e na Universidade de Évora, como Departamento de Artes Visuais e Design, a 18 de abril. Nesta sessão na Biblioteca do Leões, entre as 10h00 e as 12h00, vão participar Vitor Gomes, diretor da Licenciatura de Artes Plásticas e Multimédia da Universidade de Évora, José Luis Neto, prémio BES Photo 2005 e docente na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, e Bruno Réquillart. Em Lisboa, a partir das 17h00, na sede da Alliance Française, Bruno Réquillart participará num debate com Custódia Casanova e o diretor daquela instituição, Frédéric Davanture, sobre a cooperação cultural luso-francesa.

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