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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Festival Imaterial em Évora viaja hoje ao Continente Africano!

Hoje, o Festival Imaterial tem início às 18h00 no Auditório Soror Mariano com a apresentação do filme Dance My Daughter/Dança Minha Filha, de Karen Boswall de Givandás, que apresenta uma perspetiva feminina sobre o lento progresso de Moçambique no sentido do reconhecimento dos direitos humanos das mulheres e meninas em todo o país. Aqui, onde as vozes das mulheres e das meninas muitas vezes não são ouvidas, sem uma linguagem comum, o canto e a dança funcionam como veículos de protesto e de provocação, de lamento e de celebração.

A partir das 21h00, no Teatro Garcia Resende a viagem é até ao continente africano. Começamos por viajar até ao Burkina Faso com Kaito Winse. Winse parece necessitar da variedade de sons que busca ao seu redor para criar uma paleta musical à altura da sua voz extraordinária, veículo de uma inspiradora riqueza poética e de uma filigrana na qual é possível escutar uma qualidade quase operática.

Segue-se depois uma viagem até ao Mali, com os Kayhan Kalhor Trio, constituído por Kayhan Kalhor, Behnam Samani e Kiya Tabassian. A música que compõem a partir de recursos reduzidos à essência é uma bela, subtil e pungente recriação de um legado narrativo pré-colonial. Como se o regresso ao passado fosse o único destino possível para o futuro.

Neste festival também a 7ª arte marca presença com a oferta de um ciclo de cinema documental que decorre no Auditório Soror Mariano, trazendo a Évora diversos realizadores premiados

Dance My Daughter/Dança Minha Filha, de Karen Boswall de Givandás hoje às 18h00.
 
25 de maio, às 18h00 Zuzanna Solakiewicz leva o espectador até à Polónia com The Soil. Filmado em ritmo lento e com uma enorme beleza, explora a relação entre as mulheres, a música e a terra na Polónia. São as canções e as suas letras, comentando com humor e pungência a vida, o amor, a terra e a ação feminina, que fornecem uma estrutura narrativa ao filme: crua, autêntica e desprovida de intervenções modernas.
 
O ciclo de cinema documental encerra com Lucy Durán e Celia Lowenstein que no dia 26 às 18h00 que trazem Eyes Open, Youssou N´Dour in Dakar. Filmado no local e narrado por Youssou N’Dour, o filme explora os sons fantásticos da sua cidade natal, Dakar, capital do Senegal, onde ainda vive, e cujas influências moldaram a sua música. A imagem deste músico e da sua cidade fundem-se para formar um retrato poderoso e belo de um griot moderno, uma figura pública que é, também, um dos mais famosos músicos de África.

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