A Fortaleza de Juromenha (Alandroal) é um dos 30 imoveis abrangidos pelo programa “Revive”.
O programa “Revive” abre o património do Estado ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos no âmbito de uma concessão que se estende no tempo.
Na passagem pela cidade de Elvas para assistir à assinatura do contrato de exploração do Convento de São Paulo onde será instalada a unidade hoteleira, Hotel Vila Galé Elvas SPA & Conference, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral falou à Rádio Campanário sobre a Fortaleza de Juromenha, depois de questionado, sobre se já está definida a área a que se destina este monumento histórico e se já existem investidores interessados.
O governante começou por dizer que já foram apresentados vários edifícios, “o de Elvas foi um trabalho muito rápido e que pode arrancar muito rapidamente”, salientando que o avanço se deveu ao facto de “a câmara já estar muito envolvida”.
Relativamente aos outros edifícios, o ministro diz que está a ser feito um trabalho de levantamento para que “se possam abrir as concessões, e vários desses projetos vão ser postos a concurso ainda este ano, outros serão ao longo do próximo ano” para que os concessionários “fiquem a saber o que é que podem e não podem fazer, e quando esse projeto estiver pronto, serão abertos a concurso”.
Manuel Caldeira Cabral diz ainda que é prematuro avançar neste momento quais é que serão os primeiros projetos a estarem prontos, assegurando que “nenhum destes projetos será posto a concurso antes de todo o levantamento estar feito, e antes da Direção Geral do Património Cultural estar confortável, de que o que se está a colocar a concurso é responsável, garante a preservação do património e a valorização e restauro do património histórico”.
O ministro diz que dos 30 projetos do programa “Revive”, só uma parte é que será para a exploração hoteleira, já que existem outros de dimensão mais pequena que poderão ter outros fins dentro da utilidade turística”.
Salienta que quando foi feito o levantamento, foram encontrados mais de 30 monumentos, mas nem todos reuniam utilidade turística, embora tenha servido para “ser estudado outro tipo de utilidade, desde museus até outro tipo de utilizações”.
Mas foi, segundo o governante, através do pretexto deste projeto que “alguns desses edifícios que estavam esquecidos, foram lembrados e estão agora a ser estudadas outro tipo de possibilidades que podem existir”.
Instado sobre a área em que a Fortaleza de Juromenha poderá vir a ser integrada, o ministro não quis avançar o que está programado para este monumento, justificando que neste momento ainda está a ser feito o estudo para que haja uma proposta” e que, quando for aberto o concurso, “seja sólido e algo que possa ter um projeto turístico consistente e que garanta valorização e restauro do património histórico”.
