A vila de Fronteira comemorou os 632 anos da Batalha dos Atoleiros, esta quarta-feira, 6 de abril, com a realização de uma Parada das Forças Militares em homenagem aos heroís portugueses.
A instabilidade política gerada após a morte de D. Fernando,a 22 de Outubro de 1383, colocou na regência do Reino D. Leonor Teles, uma ascensão que não era apoiada pela população e que D. Juan I de Castela assumiu como uma oportunidade para invadir Portugal com o seu exército, em Janeiro de 1384, entrando pela cidade da Guarda e dirigindo-se seguidamente para Santarém e também para o Alentejo. De modo a impedir que as forças castelhanas dominassem o território nacional, D.João nomeiou Nuno Álvares Pereira fronteiro da comarca de Entre Tejo e Guadiana, para comandar um exército composto por cerca de 1.600 homens em direção a Fronteira.
As forças portuguesas chegaram, à Herdade dos Atoleiros, 2,5 Km a sul de Fronteira, a 6 de abril de 1384, onde por ordem de Nuno Álvares Pereira foi adoptada pela primeira vez a tática do quadrado, uma estratégia que terá sido posteriomente aplicada noutros confrontos.A Batalha dos Atoleiros da qual o exército português saíu vitorioso ,foi um marco de extrema importância para a unificação de Portugal como País, como povo e como nação.
A Rádio Campanário acompanhou o evento e esteve à conversa com o presidente da Câmara Municipal de Fronteira, Rogério Silva, que nos falou sobre as atividades que irão ser promovidas no âmbito destas comemorações referindo que “ para além desta cerimónia formal que assinala tanto o dia do concelho como a data correspondente à Batalha de Atoleiros, iremos promover a tradicional Feira Medieval e ainda uma recriação história deste marco tão importante para a afirmação do nosso país”. Assegurando ainda que “ apresentamos um conjunto de atratividades que irão atrair centenas de pessoas à nossa vila”.
O Major General, Anibal Alves Flambó, diretor da Direção de História e Cultura Militar, diz-nos que a vitória que os militares portugueses alcançaram na Batalha de Atoleiros foi decisiva para Portugal afirmando que “ foi sem dúvida um feito importante para a nação portuguesa que ocorreu sobre o comando de Nuno Álvares Pereira , um dos grandes heroís nacionais, num momento em que após a interrupção dinástica foi necessário para o país erguer uma nova regência”.
Segundo Aníbal Flambó “ estas cerimónias militares pretendem preservar a memória daqueles que perderam a vida para que hoje Portugal se torna-se num país independente”.
