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Domingo, Abril 28, 2024

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Fundação Padre Américo vai investir em 41 alojamentos para migrantes no Alentejo!

A Fundação Padre Américo revelou hoje planos para a construção de um Centro de Acolhimento para Refugiados no concelho alentejano de Grândola, que deverá estar concluído até o final de 2025. O projeto abrange a edificação de 41 alojamentos destinados a receber até duas centenas de pessoas migrantes.

O contrato de financiamento que viabilizará este empreendimento, intitulado Centro de Acolhimento para Refugiados Nuno Álvares Pereira, foi formalmente assinado hoje entre a Fundação e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). A cerimônia de assinatura, realizada em Azinheira dos Barros, no concelho de Grândola, contou com a presença da secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues.

Contrariando o nome, o centro não será exclusivamente direcionado a refugiados, mas sim a uma gama mais ampla de necessidades locais. Isso incluirá pessoas que migraram para a região alentejana em busca de melhores condições de vida.

Pedro Ruas, gestor do contrato para a construção do novo centro, explicou que o Alentejo é um território em transformação, com diversas comunidades migrantes que se estabeleceram na região. Enfatizou a importância de fornecer um acompanhamento profissional e especializado às comunidades estrangeiras na área.

O projeto, estimado em 5,4 milhões de euros, sendo 4,5 milhões provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o restante financiado pelos fundos da própria Fundação, compreenderá 41 alojamentos, muitos dos quais terão capacidade para três a quatro pessoas cada. No total, o centro poderá acomodar até duas centenas de indivíduos.

Após a assinatura do contrato, está prevista a abertura de um concurso para a empreitada em setembro, com a esperança de que as obras iniciem antes do final do ano e se concluam até o final de 2025.

Paralelamente, a Fundação já está em processo de construção de cinco “habitações de autonomização”, destinadas a acomodar agregados familiares, que deverão ser inauguradas até 2024. Estas casas visam migrantes que já passaram por fases iniciais de integração, como aquisição da língua local, emprego e educação para os filhos.

A Fundação tem uma abordagem abrangente para o acompanhamento de migrantes e refugiados, desde a sua chegada até à completa integração na comunidade. Quando não há soluções habitacionais imediatas na comunidade, a Fundação providenciará os alojamentos temporários até que uma resposta mais permanente seja encontrada.

Antes da conclusão das novas instalações, a Fundação começará a receber as primeiras famílias de refugiados, acomodando-as em casas alugadas que foram adaptadas para esse propósito. A previsão é de que, até o final deste ano, aproximadamente 15 a 20 pessoas refugiadas sejam acolhidas.

Pedro Ruas destacou a evolução da atitude da comunidade alentejana em relação às comunidades migrantes, que, inicialmente, enfrentaram certa hostilidade, mas que, ao longo dos anos, tornaram-se mais sensíveis às suas necessidades e empenharam-se em oferecer respostas integradas.

A Fundação Padre Américo tem como objetivo auxiliar na integração das comunidades migrantes no Alentejo, uma região que enfrenta uma carência significativa de mão-de-obra em várias áreas e está a lidar com envelhecimento da população, encerramento de escolas e desertificação de aldeias. A chegada dessas comunidades estrangeiras está desempenhando um papel transformador na região, conforme destacou Pedro Ruas.

“A transformação do território ao longo dos anos levou as comunidades a estarem mais preparadas para acolher essas pessoas, superando o medo do desconhecido”, observou ele.

 

 

Fonte: Público

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