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Gangue espanhol lucra mais de três milhões com assaltos a bancos, 2 deles no Alentejo

Em apenas dois anos, um grupo de cinco indivíduos de nacionalidade espanhola assaltou os cofres particulares de 14 dependências bancárias, de onde levaram mais de 3 milhões de euros, em dinheiro, ouro e joias, pertencentes a clientes.

Dois dos Assaltos realizados ocorreram no Alemtejo, no ano de 2018.

O primeiro, em outubro de 2018, em Grândola, numa Agência da Caixa Agrícola, asalto que lhes rendeu 32 mil euros; o segundo, em novembro do mesmo ano, em Serpa, a uma Agência Bancária do Crédito Agrícola de onde roubaram 1,5 milhões de euros.

 

Apesar de altamente profissionais e organizados, os homens acabaram por ser identificados pela Polícia Judiciária (PJ), que pediu às autoridades espanholas para os deter separadamente, ao longo das últimas semanas.

Em noticia avançada pelo Jornal de Notícias, sabe-se agora que foram extraditados para Portugal, mas apenas um foi colocado em prisão preventiva.

Dos 14 furtos milionários, apenas cinco foram concretizados. No seu modus operandi tudo era pensado ao pormenor. Antes dos furtos, alguns dos indivíduos deslocavam-se a Portugal para preparar os assaltos. Procuravam alojamento, compravam equipamento eletrónico e escolhiam os alvos.

Depois de escolher os alvos, iam a lojas de venda de material de desporto e de construção civil para adquirir ferramentas. Abasteciam os carros e pagavam em dinheiro, para não deixar rasto. Furtavam chapas de matrículas portuguesas para as colocar nos seus carros espanhóis, de alta cilindrada.

Já perto das dependências bancárias, refere a mesma fonte, alguns ficavam em posição de vigia para poder alertar os companheiros, em caso de movimentações das autoridades. Depois, cortavam os cabos de eletricidade e do sistema de alarme e videovigilância, acessível do exterior. Esperavam discretamente que as centrais de segurança comunicassem o problema às polícias locais, para que estas se deslocassem ao banco.

Sem detetar qualquer sinal de arrombamento ou movimentos suspeitos, os agentes regressavam à esquadra ou posto da GNR.

Depois das autoridades terem abandonado o local, o grupo voltava ao trabalho e destruía as paredes do banco para entrar. Rebentavam as portas para conseguir chegar à área reservada onde estão os cofres alugados a particulares. Com ferramentas especiais, como potentes alicates hidráulicos, rebentavam os cofres para sacar os valores. Com o produto dos furtos, regressavam a Espanha.

Os furtos imputados ao grupo começaram a 10 de julho de 2018.

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