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Gestão do hospital de Serpa continua nas mãos da Misericórdia diz Pres. da ARS Alentejo

O Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, disse hoje no parlamento que a gestão da Urgência do hospital de Serpa pela Misericórdia local, mesmo com ajustes, irá manter-se.

Segundo avança a Lusa, “não há qualquer critério que tenha sido posto em cima da mesa sobre o encerramento do Serviço de Urgência (SU)”, pelo que “irá manter-se e, eventualmente, até alargar a sua atividade”, afirmou hoje José Robalo, durante uma audição na Comissão de Saúde.

O responsável foi ouvido na Assembleia da República, a pedido de PCP e BE, sobre o processo de atribuição da gestão do SU do Hospital de São Paulo, em Serpa, no distrito de Beja, à Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) e a situação desta unidade hospitalar.

O deputado do PCP, João Dias, apontou durante a audição que, “tem havido uma grande dificuldade por parte da SCMS para cumprir o acordo” com a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) para a gestão do hospital e considerou que se tem “assistido a uma degradação do serviço”.

Após críticas ao funcionamento noturno da Urgência do hospital de Serpa com a porta fechada, o presidente da ARS Alentejo explicou que o encerramento temporário da Urgência da unidade hospitalar deveu-se à existência de um surto de covid-19 numa valência da Misericórdia de Serpa.

José Robalo disse que não teve conhecimento prévio do fecho temporário da Urgência e que, quando soube do mesmo, a ULSBA ainda tentou “fornecer recursos” humanos para tentar evitar o fecho do serviço, o que não chegou a ser necessário, porque conseguiu-se resolver o problema nessa semana.

Sobre o funcionamento noturno com a porta fechada, o responsável assinalou que “é residual” o número de utentes que recorre ao serviço no período entre as 00:00 e as 08:00, frisando que, apesar das pessoas terem de carregar na campainha para que lhes abram a porta, os médicos e enfermeiros “continuam a estar na unidade, de forma a garantirem a prestação de cuidados de saúde durante 24 horas”, sublinhou.

O presidente da ARS do Alentejo notou que a cooperação entre a SCMS e a ULSBA “pode ser sustentável”, embora tenha admitido que “ainda falta” percorrer “algum caminho para se consolidar uma resposta mais assertiva por parte da Misericórdia”.

 

(Fonte: Lusa)

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