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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Greve dos Enfermeiros no Alentejo: “Superou as nossas expetativas (…) tivemos um resultado global de 70% nos três turnos” afirmou Edgar Santos, coordenador do SEP no Alentejo (c/som)

O Alentejo foi ontem, 12 de Agosto, palco de mais uma greve dos enfermeiros, que desde há muito vêm revindicando mais igualdade e melhores salários.

Edgar Santos, Coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) no Alentejo, em declarações à Rádio Campanário, mostrou-se bastante satisfeito quanto aos números da greve na região. Em cinco meses é já a quarta greve destes profissionais, o que, na opinião do coordenador, é representativo do descontentamento dos enfermeiros.

Estes profissionais de saúde protestam contra discriminação salarial que abrange todos os enfermeiros com contrato individual de trabalho, praticada pelas Instituições e pelo Ministério da Saúde. A principal exigência dos enfermeiros e do SEP passa, por isso, por um reposicionamento de salários, pois grande parte destes profissionais encontra-se alienado da grelha remuneratória.

“Temos 12 mil enfermeiros que ganham abaixo do valor de referência imposto pelo Ministério da Saúde, ganham menos de 1201,48 euros“, “ (…) depois temos 13 mil enfermeiros que para além do curso base tem uma especialidade, e que após a sua conclusão não viram melhorados os seus rendimentos”, declarou Edgar Santos à Rádio Campanário.

No distrito de Évora, esta situação só não ocorre nos Centros de Saúde, porque aí o Ministério da Saúde aplica a norma de 1201 euros, revelou Edgar Santos à Rádio.

Para além das revindicações salariais, estes profissionais de saúde exigem também a reposição das 35 horas de trabalho, uma vez que se registou um aumento considerável de baixas “por exaustão”, o que afeta naturalmente os doentes e utentes das unidades de saúde.

 Apesar do SEP demonstrar disponibilidade total para novas negociações com o Governo nestes termos, Edgar Santos, salvaguarda que não negoceiam “ (…) a qualquer preço”, o que demonstra irredutibilidade nas suas exigências.

O coordenador mostra-se ainda incrédulo pelo facto do“ (…) governo ter disponibilidade para alterar e negociar posições remuneratórias com outras classes profissionais, e continuar desde 2013, a protelar as negociações com o sindicato dos enfermeiros”.

Confrontado pela rádio com a possibilidade de acontecerem novas greves, Edgar Santos não a descarta, salientando ainda a continuação da luta até que o governo ceda às exigências da classe. 

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