Os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios, oferecidos por Portugal à Ucrânia há mais de um ano, continuam no país, e aguardam indicações de Kiev, conforme informou o Ministério da Defesa à Lusa nesta terça-feira.
“Os helicópteros Kamov cedidos à Ucrânia a pedido das autoridades de Kiev encontram-se em território nacional, aguardando instruções da parte ucraniana sobre os próximos passos a tomar”, revelou o Ministério da Defesa Nacional em resposta à agência Lusa.
O Ministério, liderado por Helena Carreiras, acrescentou ainda que há “contactos regulares entre o Ministério da Defesa Nacional e os seus homólogos ucranianos, tendo ocorrido, no último trimestre, uma visita técnica do braço logístico do grupo de doadores ao local onde as aeronaves estão estacionadas”.
Os seis helicópteros pesados Kamov de combate a incêndios, de origem russa e sem licença para operar em Portugal, estão inoperacionais e permanecem estacionados no aeródromo de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre.
A decisão de enviar os Kamov para a Ucrânia foi anunciada por Helena Carreiras em outubro de 2022, mas na altura foi criticada por Moscovo, que a considerou uma “violação das suas obrigações contratuais”.
A diplomacia russa alegou que o envio de seis helicópteros Kamov de combate a incêndios para a Ucrânia, como apoio na luta contra a invasão russa, representava uma “violação das obrigações contratuais” por parte de Lisboa, devido à origem russa das aeronaves.
Em junho deste ano, a ministra da Defesa anunciou que estavam a ser planeados os preparativos para o envio dos Kamov.
Dos seis helicópteros pesados do Estado, um está acidentado desde 2012, outros dois aguardam reparação desde 2015 e os restantes três Kamov estão parados desde o início de 2018.
Os Kamov foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado pelo atual primeiro-ministro, António Costa.
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