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Hospital Central do Alentejo sem mais margem para derrapar

Obra com luz verde de Bruxelas desde 2018, só agora iniciou trabalhos de arqueologia. Em causa estão €40 milhões de fundos do Portugal 2020 que se perdem após 2023, avança o Jornal Expresso.

Como é que um investimento público considerado prioritário pelo Governo desde 2006, com projeto técnico aprovado desde 2012 e financiamento comunitário assegurado por Bruxelas desde 2018, só conseguiu arrancar com as obras no terreno na semana passada?

Foi o que sucedeu com a construção do Novo Hospital Central do Alentejo (NHCA), uma obra orçada em cerca de €150 milhões que conta com o apoio de €40 milhões do Portugal 2020. O problema é que este quadro comunitário termina já no final de 2023, data-limite para o Governo inaugurar os seus investimentos públicos sem perder fundos europeus.

Recorde-se que a obra do Hospital Central do Alentejo em Évora consignada, no final de julho, pela Administração Regional de Saúde à empresa Acciona, como noticiou a RC.

O novo hospital irá localizar-se na periferia da cidade de Évora, prevendo-se que possa servir como um polo de atração e desenvolvimento, melhorando, também, as condições de atratividade para profissionais de saúde na região.

Envolve um investimento com mais 30 milhões em equipamento de tecnologia de ponta. Aqui, destacam-se as componentes de radioterapia, de medicina nuclear e de procedimentos angiográficos de diagnóstico e terapêutica. Este nível de diferenciação permitirá responder às necessidades da população do Alentejo, na própria região, com benefícios óbvios de acesso e comodidade para os habitantes.

O edifício, cujo projeto conta com assinatura do arquiteto Souto de Moura, ocupará uma área de 1,9 hectares e terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487. Contará, ainda, com 30 Camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos.

A infraestrutura contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

A futura unidade hospitalar vai, assim, dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas, que, assim, poderão contar com acesso a cuidados de saúde diferenciados, com maior proximidade e acesso mais simples.

 

C/ https://expresso.pt/

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