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Terça-feira, Abril 30, 2024

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Imaterial despede-se com o Alentejo na voz…Ganhões de Castro Verde & Paulo Ribeiro sobem ao palco!

O Festival Imaterial organizado pela Câmara Municipal de Évora e Fundação Inatel, está a chegar ao fim. O ciclo de cinema documental encerrou com Eyes Open, Youssou N´Dour in Dakar. Com os Danûk os sons da música tradicional do Curdistão e com os Kadinelia, uma sonoridade num universo de guitarras acústicas, harmonias vocais e em que a tradição musical grega é atravessada por elementos de blues ou rock. Decorreu ainda a APRESENTAÇÃO da Inscrição das Culturas Crioulas no Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.

No último dia do Festival, no Teatro Garcia de Resende às 21h30, a atribuição do Prémio Imaterial a Paulo Lima, antropólogo português que trabalha sobre património enquanto forma de intervenção política e cívica. Alguém, cuja prática há muito incide sobre o património cultural imaterial, com um foco particular apontado às expressões musicais. Dedicou parte da década de 1990 à investigação centrada nos poetas improvisadores e decimadores do Mediterrâneo e da Ibero-América. A partir do ano de 2000 a energia e o entusiasmo de Paulo Lima foram colocados ao serviço das equipas que conquistaram as inscrições do fado, do Cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO. Tendo assumido o lugar de coordenador destas três últimas candidaturas, quis também pensar estas expressões em ligação com a coesão social, as alterações ambientais, a emergência climática e o empoderamento da mulher, reflectindo sobre o papel das tradições numa ampla dimensão sócio-cultural. Coordena a inscrição na UNESCO das bandas filarmónicas portuguesas. Trabalha há vários anos sobre a Reforma Agrária em Portugal. Foi condecorado pelo Governo de Cabo Verde, em 2019, com a Medalha de Mérito Cultural de 1.º Grau. Foi distinguido, em 2022, pela APOM ―Associação Portuguesa de Museologia, com o prémio de melhor trabalho de museologia, dado ao projeto expositivo do Centro Interpretativo do Cante Alentejano. Convicto de que o património está por todo o lado – é só saber escutá-lo, interpretá-lo, amplificar a sua vitalidade e a sua dignidade. Será assim reconhecido o trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas, por Paulo Lima.

Segue-se o som da Letónia, país que partilha com Évora uma das suas cidades como Capital Europeia da Cultura em 2027. As Tautumeitas trazem para o seu universo instrumentos e influências para os temas do reportório tradicional letão. O resultado é uma música que, apesar das suas óbvias especificidades, se torna familiar de forma instantânea, como se os três mil quilómetros que separam Portugal e Letónia fossem engolidos, de súbito, no curto intervalo de tempo em que dura uma das suas canções.

No último dia do Festival, no Teatro Garcia de Resende às 21h30, a atribuição do Prémio Imaterial a Paulo Lima, antropólogo português que trabalha sobre património enquanto forma de intervenção política e cívica. Alguém, cuja prática há muito incide sobre o património cultural imaterial, com um foco particular apontado às expressões musicais. Dedicou parte da década de 1990 à investigação centrada nos poetas improvisadores e decimadores do Mediterrâneo e da Ibero-América. A partir do ano de 2000 a energia e o entusiasmo de Paulo Lima foram colocados ao serviço das equipas que conquistaram as inscrições do fado, do Cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO. Tendo assumido o lugar de coordenador destas três últimas candidaturas, quis também pensar estas expressões em ligação com a coesão social, as alterações ambientais, a emergência climática e o empoderamento da mulher, reflectindo sobre o papel das tradições numa ampla dimensão sócio-cultural. Coordena a inscrição na UNESCO das bandas filarmónicas portuguesas. Trabalha há vários anos sobre a Reforma Agrária em Portugal. Foi condecorado pelo Governo de Cabo Verde, em 2019, com a Medalha de Mérito Cultural de 1.º Grau. Foi distinguido, em 2022, pela APOM ―Associação Portuguesa de Museologia, com o prémio de melhor trabalho de museologia, dado ao projeto expositivo do Centro Interpretativo do Cante Alentejano. Convicto de que o património está por todo o lado – é só saber escutá-lo, interpretá-lo, amplificar a sua vitalidade e a sua dignidade. Será assim reconhecido o trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas, por Paulo Lima.

E a noite encerra com Os Ganhões de Castro Verde & Paulo Ribeiro . Para o seu concerto no Imaterial, os homens que colhem o nome naqueles que trabalhavam no campo, ao serviço das sementeiras, das colheitas ou da apanha da azeitona, juntam-se ao cantor Paulo Ribeiro para o espetáculo “O cante não cai do céu”, juntando às modas do cancioneiro tradicional um conjunto de novas composições com autoria do ex-líder dos Anonimato. São temas trabalhados por Paulo Ribeiro a partir de poemas de Manuel da Fonseca, João Monge, Tiago Rodrigues ou Patrícia Portela, numa perspectiva de renovação do reportório do Cante, trazendo novos olhares sobre uma música que é Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Para que o Cante não se esqueça de crescer para fora – e não para dentro.
 

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