A viatura médica do Hospital do Espírito Santo de Évora estava inoperacional, domingo quando ocorreu o acidente em Reguengos de Monsaraz que causou dois mortos.
O gabinete de comunicação do hospital confirmou à Rádio Campanário que a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) “não teve operacionalidade por falta de recursos humanos” acrescentando “o INEM tem mais meios disponíveis na região”.
Uma situação que não é nova relativamente à viatura afeta ao Hospital do Espírito Santo de Évora.
Em maio de 2013, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM) denunciou que a VMER do Hospital do Espírito Santo de Évora “estava inoperacional em 40 a 50% dos turnos”, deixando os cidadãos do distrito “sem nenhum meio qualificado de emergência médica pré-hospitalar durante horas e dias inteiros”.
Depois disso a VMER voltou a estar inoperacional no dia de Natal aquando do acidente que envolveu dois carros e um cavalo e que vitimou quatro pessoas em Évora.
Também em Portalegre na noite da passagem de ano, foi a VMER de Portalegre que não saiu para assistir duas pessoas atropeladas no centro da cidade, um homem de 42 anos morreu e uma mulher de 36 ficou ferida. Na altura a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano fazia saber que a VMER não esteve operacional entre as 20:00 do dia 31 de Dezembro e as 12:00 do dia 1 de Janeiro, “porque não havia médico disponível”.
Entretanto o Ministro da Saúde já reagiu à falta de recursos humanos que ontem impediu que fosse acionada uma viatura rápida de emergência médica em Évora, dizendo que cabe à administração regional de Saúde de Évora, apurar o que se passou.
A Rádio Campanário contatou o Presidente da ARS de Évora. José Robalo disse-nos que neste momento está a apurar junto do INEM “o que se passou de fato e quais os meios que foram acionados, sabendo que a VMER de Évora não estava operacional”.
