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Iniciativa RHI em 4.ª edição acontece em Évora e mais 11 cidades do país de 17 a 24 de junho

 A 4.ª edição do projeto Revolution Hope Imagination (RHI), do Arte Institute, de Nova Iorque, vai decorrer entre 17 e 24 de junho, em 12 cidades portuguesas, com a participação de programadores culturais internacionais, procurando novos talentos.

O projeto é gratuito e aberto ao público, mas sobretudo direcionado para profissionais de artes e cultura, com o objetivo de fortalecer pontes entre artistas portugueses e projetos internacionais, segundo a organização.

A programação deste ano começa a 17 de junho, em Cascais e Funchal, e inclui palestras, espetáculos, ‘workshops’, festivais e ‘showcases’, segundo o Arte Institute, organismo criado em 2011, em Nova Iorque, por Ana Ventura Miranda, com o objetivo de internacionalizar a arte e cultura portuguesas contemporâneas.

Além destas cidades, são ainda parceiras as seguintes autarquias, nesta edição: Lisboa, Évora, Torres Vedras, Alcobaça, Leiria, Loulé, Faro, Porto, Vidigueira e Braga, com programação própria.

O evento foi criado com o objetivo de “reunir artistas, agentes culturais e público em geral, a fim de debater o futuro da cultura e das artes, e encontrar novas estratégias para a promoção nacional e internacional” dos artistas portugueses, sublinha a entidade, no comunicado enviado à agência Lusa.

Na abertura da programação, a 17 de junho, decorrerá, entre outros eventos, uma palestra na Casa de Santa Maria, em Cascais, dedicada ao tema “Mercado Cultural pela voz de alguns agentes culturais de vários países”.

A palestra foca-se nos modelos de negócios americanos, africanos e asiáticos de arte e negócios.

No Funchal, está previsto decorrer, a partir desse mesmo primeiro dia do RHI, o Festival Internacional de Dança, no Teatro Municipal Baltazar Dias, até 24 de junho.

A 20 de junho, o evento RHI sobe ao palco na Culturgest, em Lisboa, para debater, pela voz de agentes nacionais e internacionais, a promoção da “Marca Portugal” na cultura, novas formas de financiamento para as artes e os artistas, e a promoção internacional da cultura portuguesa, segundo a programação.

Connie Lopes, diretora artística do Festival Back2Black (Brasil), Joni Schwalbach, fundador do Mozambique Music Meeting (Moçambique), Allie Silver, fundadora e diretora da Companhia Free Radical Productions (EUA), Mickela Mallozzi, produtora da série da PBS Bare Feet (Estados Unidos), Fran Mello, diretor artístico da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói (Brasil), a atriz Benedita Pereira, e Sónia Tavares, vocalista do grupo The Gift, são alguns dos nomes confirmados nas conversas que têm início às 10:00 e terminam às 18:30 desse dia, com ‘showcase’ do artista Churky.

A celebrar agora 11 anos, o Arte Institute conta com um conselho artístico composto por nomes como Jerry Schatzberg, fotógrafo e cineasta, Tim Ries, saxofonista dos The Rolling Stones, Pilar del Rio, presidente da Fundação Saramago, e John Gonçalves, músico dos The Gift.

“O RHI é já uma espécie de trampolim para palcos internacionais, porque estes programadores estão em Portugal como uma espécie de ‘olheiros’ da cultura”, em busca de novos talentos para lançar nos seus palcos, explica a fundadora do Arte Institute, Ana Miranda, citada no comunicado.

Como exemplos de sucesso, indica nomes de artistas e coletivos como Churky, Surma, Moullinex, Ap The Rapper, Ricardo J.Martin, Dança em Diálogos, Karyna Gomes, Guarda-Rios e Marcello Magdaleno, que, devido à sua participação em anteriores edições do RHI, foram vistos por alguns dos programadores presentes no evento e posteriormente foram convidados para atuar em palcos de São Paulo, Cairo, Central Park de Nova Iorque, Miami, Cabo Verde e Rio de Janeiro.

Ana Ventura Miranda tem sido responsável pela organização de diversos eventos culturais em todo o mundo, incluindo o New York Portuguese Short Film Festival, a Semana José Saramago na mesma cidade, “Pessoa in New York”, Arte Institute Contemporary Dance em Alvin Ailey, “Gaiola Dourada no MoMA”, “Portugal in Soho”, Programa do Arte Institute no Iberian Suite Festival no Kennedy Center, em Washington DC, Concertos SummerStage no Central Park, entre outros.

Em 2015, recebeu o Prémio D. Antónia Ferreira, atribuído a mulheres que “fizeram a diferença no desenvolvimento social, económico e cultural” de Portugal, e, em 2017 o Prémio da Palcus na categoria de “Leadership for the Arts”.

Em 2019, Ana Miranda criou a iniciativa RHI, agora em quarta edição.

A Caixa Geral de Depósitos, a Fundação Millennium BCP, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, o Grupo Hotel Pestana, a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura são algumas das instituições que apoiam o Arte Institute nos seus eventos.

C/Lusa

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