A investigadora da Universidade de Évora, Maria Teixeira, promoveu um estudo inédito que concluiu que o vinho da ilha vulcânica do Fogo, em Cabo Verde, é de boa qualidade, sendo-lhe atribuído o selo de qualidade.
Este vinho é produzido pelas uvas que são uma história de resistência.
Este é o primeiro estudo físico-químico e microbiológico ao vinho Chã, produzido junto ao vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo
O estudo, descrito como inédito, resultou da conclusão da tese de mestrado em Portugal da investigadora cabo-verdiana que analisou o produto final e o processo produtivo do vinho na aldeia de Chã das Caldeiras (que dá nome ao vinho), no único vulcão ativo de Cabo Verde – última erupção terminou em fevereiro de 2015 – e o ponto mais alto do arquipélago (2.829 metros de altitude).
Com o título “Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica do vinho Chã de Cabo Verde”, a tese foi realizada nas universidades de Évora (Escola de Ciências Sociais) e do Algarve (Faculdade de Ciências e Tecnologias), no âmbito do mestrado em Gestão da Qualidade e Marketing Agroalimentar.
“Depois de analisar todos os parâmetros, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais, concluiu-se que o vinho Chã é de boa qualidade, devendo essa vantagem ser aproveitada para criação de estratégias para divulgar a marca, tanto a nível nacional, como internacional”, sublinhou a autora.
A investigação teve como objetivos específicos descrever o processo de fabrico do vinho, avaliar as condições de segurança e higiene e as caraterísticas físico-químicas e microbiológicas das amostras daquele vinho, conhecido internacionalmente.
O estudo “concluiu que o vinho Chã é de boa qualidade e que existem diferenças claras de acordo com o tipo de vinho em questão”. Os vinhos tintos “apresentam uma capacidade antioxidante superior aos vinhos rosés, que por sua vez apresentam uma atividade antioxidante superior aos vinhos brancos”.
Fonte: Observador