A situação de guerra que se vive na Ucrânia continua a gerar uma verdadeira onda de solidariedade em todo o mundo, inclusive em Portugal e são muitas as instituições que já se mostraram disponíveis para acolher refugiados vindos deste país.
A Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) é uma dessas instituições, mostrando-se disponível para dar trabalho a um total de 10 refugiados da guerra na Ucrânia.
A Rádio Campanário falou com o provedor da Misericórdia de Évora, Francisco Lopes Figueira, que a este propósito nos referiu “a santa casa da misericórdia de Évora não podia deixar de se associar ao enfrentamento deste problema de uma dimensão dramática e qua ainda só agora está a começar.”
De acordo com o Provedor “não podemos ter ilusões porque a guerra está instalada na Europa, pois esta não é uma guerra apenas da Ucrânia, mas sim uma guerra europeia e Portugal está nela.”
Para Francisco Lopes Figueira “ajudar é um dever moral e as instituições que tem como missão apoiar quem mais precisa não poderão esquecer-se de ajudar nem poderão passar ao lado desta dimensão de catástrofe.”
Questionado se já tinham existido alguns contactos para que a Instituição acolhesse algumas pessoas vindas da Ucrânia, o Provedor adiantou-nos que “eu já fiz contactos, mas não está nada ainda definido e aguardamos um melhor enquadramento porque a dimensão do problema assim o exige e terá que ser feito pelo estado.”
“Ainda não temos respostas porque apesar de ter sido aprovado uma resolução que permite a integração legal de os receber não foi aprovado ainda nada que possibilite o seu acolhimento e integração no mercado de trabalho e na sociedade Portuguesa” acrescentou ainda o provedor da Misericórdia de Évora.
Para o responsável da Instituição “a dimensão do problema vai exigir um plano e uma política neste sentido.”
Francisco Lopes Figueira garante que a Misericórdia de Évora “ajudará de acordo com os seus meios” acrescentando que “já demos alguns apoios que já terão chegado neste momento ás fronteiras da Ucrânia e dará a possibilidade, até porque precisa de mão de obra, de integrar ucranianos.”
O Provedor sublinha igualmente “temos um programa de integração no mercado de trabalho que nele se incorpora e que está à disposição para fazer a integração de Ucranianos no mercado de trabalho e que é para toda a coletividade, para fazermos colocações e para todas as pessoas que procuram mão de obra e, portanto, que se constituem oferta de emprego para a sociedade e para a comunidade em que estamos inseridos.”