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Sábado, Abril 27, 2024

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“Isto é apenas uma questão de equilíbrio do sistema e de solidariedade dentro do mesmo país” refere José Calixto representante das autarquias nas águas do Centro Alentejo sobre o novo modelo de agregação (c/som)

A reforma no sector das águas já está em marcha e prepara-se para agregar os sistemas municipais de água. Das 19 existentes passarão a estar presentes cinco sistemas entre as quais as Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e EPAL, Águas Públicas do Alentejo e Águas do Algarve.

O sistema multimunicipal Águas do Centro Alentejo, do qual fazem parte os municípios alentejanos de Alandroal, Borba, Évora, Mourão, Redondo e Reguengos de Monsaraz, vai integrar a nova Águas de Lisboa e Vale do Tejo. Com esta medida os cidadãos do interior verão reduzida a sua tarifa mensal de imediato enquanto que os do litoral terão um agravamento gradual ao longo dos próximos cinco anos.

José Calixto, presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz e representante das autarquias das Águas do Centro Alentejo, refere que “a posição das autarquias é única, quase histórica no centro Alentejo e é aquela que em nosso atender defende os interesses das populações”.

O representante das autarquias diz que “somos a favor de uma optimização do ciclo urbano da água que  não tem qualquer tipo de sustentabilidade actualmente. Somos a favor de uma horizontalização e uma verticalização do sistema. A sua horizontalização é a sua agregação em grandes sistemas de alta. Esta permite que haja um mínimo de solidariedade entre regiões do país que têm sistemas muito mais rentáveis. Esta horizontalização permite que o tarifário de fornecimento de água em alta pressão seja mais equilibrado em todo o país”, relativamente à “verticalização que é no fundo a integração dos sistemas em baixa com os sistemas em alta. O sistema em baixo é aquele que nos permite chegar às nossas casas com um ramal de abastecimento de água que é aquilo que pertence às câmaras municipais, sendo um sistema antiquado”.

José Calixto refere que “com esta agregação aqueles valores que estavam a ser cobrados a mais às câmaras por ineficiência do sistema e por falta de solidariedade lo litoral com o interior do país deixam de o ser. Nós consideremos que esta medida é o repor de alguma justiça no ciclo urbano da água, fazendo com que os portugueses do interior do país comecem a ser minimamente tratados de igual forma como são por exemplo os do litoral. Isto é apenas uma questão de equilíbrio do sistema e de solidariedade dentro do mesmo país”. O representante das autarquias refere ainda que “esta redução no preço das faturas que as câmaras suportam não é mais que recolocar os valores cobrados, aos valores que as câmaras do litoral pagam”.

Com esta medida os cidadãos do interior verão reduzida a sua tarifa mensal de imediato enquanto que os do litoral terão um agravamento gradual ao longo dos próximos cinco anos. O Governo diz que as tarifas vão descer imediatamente em ¾ dos Municípios envolvidos, subindo progressivamente em apenas ¼ das autarquias e ao longo de cinco anos uma vez que com o esforço de racionalização e com as agregações será possível reduzir as tarifas no Alentejo Central, segundo José Calixto, em 23%, face à evolução tarifária prevista nas empresas a agregar até 2025.

Com esta reforma vão existir cortes no grupo Águas de Portugal, que vai permitir uma poupança total de 2700 milhões de euros, uma vez que haverá uma redução de dois terços dos órgãos sociais. O número de administradores passa de 70 para 20 e o número de directores de 300 para 150. 

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