Com apenas três anos de operação, o lagar localizado em Serpa já é responsável por 7% da produção de azeite a nível nacional, suscitando curiosidade sobre os fatores que impulsionam tal sucesso. A Olibest, proprietária do estabelecimento, não só adota tecnologias avançadas na produção de azeite como também se destaca pelo seu compromisso com a sustentabilidade, nomeadamente através do plano de valorização dos subprodutos do azeite, como o bagaço da azeitona, com o auxílio da mosca-soldado-negra para reduzir o impacto ambiental.
O segredo por trás deste notável desempenho pode ser encontrado tanto na localização estratégica do lagar, situado entre Serpa e Vila Verde de Ficalho, quanto na sua aposta em equipamentos de ponta, adquiridos da Alemanha e Espanha. Esta tecnologia de última geração permite a monitorização eficaz de todo o processo produtivo através de sistemas de gestão telemática, eliminando a necessidade de intervenção manual, evidenciado pela substituição de torneiras tradicionais por electroválvulas.
Além do mais, a instalação prima pela higienização, um fator crítico na manipulação de gordura vegetal, graças ao uso de centrifugadoras modernas que suplantam o antigo sistema de prensas. Esta inovação não só melhora a escala de produção como também eleva a qualidade do azeite produzido.
Lancastre e Távora, figura central neste empreendimento, falou ao jornal o Publico sobre a superioridade do novo lagar e dos olivais portugueses em relação aos espanhóis, não só em termos de tecnologia, mas também na inovação aplicada à conservação do azeite.
Uma dessas inovações inclui o uso de gás inerte (argônio ou azoto) injetado através de tubagens circulares nos depósitos para remover o oxigênio dissolvido no azeite, prevenindo a oxidação e preservando as características sensoriais do produto.
Face à crescente e ao volume de azeitonas superior ao esperado na última colheita, que excedeu as projeções iniciais de transformação de 30 milhões de quilos, a Olibest planeia expandir as instalações do lagar para acompanhar o ritmo acelerado de produção previsto para as próximas campanhas. Este lagar em Serpa representa não só um avanço tecnológico na produção de azeite em Portugal mas também um modelo de sustentabilidade e inovação no setor.
