Em 1936, a herança de José Manuel da Silva passou para as mãos do nosso avô Mariano, seu sobrinho e afilhado. A união de Esmeralda e Mariano, celebrada a 25 de dezembro de 1937, marcou o início de uma nova era para a casa datada do século XIX, repleta de história e tradição vinícola. Esta propriedade, composta por uma adega com 46 talhas de barro, espaços de produção de vinagre e aguardente, além da área residencial, tem sido o coração da família desde então.
Ontem, a Rádio Campanário visitou a Casa-Museu Interativa de Borba, um projeto apaixonado desenvolvido por duas primas a Teresa e a Amélia. Este espaço, inaugurado em junho de 2021, não só preserva a memória da vinicultura tradicional como também serve como local de encontro para eventos culturais diversificados, com foco nas tradições.
“Estamos ainda na fase inicial, e a estabelecer parcerias com produtores locais”, partilharam durante uma prova de vinhos realizada em colaboração com a Herdade da Cardeira. A nossa missão é promover a cultura e os produtos de Borba temos encontrado eco tanto nos produtores quanto nos visitantes, criando uma dinâmica de apoio mútuo.
A essência da Casa-Museu reflete a nossa filosofia de “inovar com tradição”. Respeitamos a integridade original do espaço, integrando tecnologia moderna para enriquecer a experiência dos visitantes. Este enfoque interativo visa atrair também o público mais jovem, garantindo a continuidade da apreciação cultural.
“Nós, primas, sempre fomos mais do que família; fomos unidas por uma relação profunda”, revelam, sublinhando a importância dos laços familiares na realização deste projeto. Transformar a herança dos nossos avós numa casa-museu é uma homenagem ao seu legado e uma ponte para o futuro da tradição vinícola de Borba.
