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Livro “Estrela Faria: uma forma de evasão” apresentado no Museu Frei Manuel do Cenáculo em Évora

No dia 16 de Dezembro, às 16h00, decorrerá no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, o lançamento e apresentação do livro de Poesia Estrela Faria: uma forma de evasão. Dado à estampa graças à sua sobrinha Sylvia Branca Soares, revela uma faceta muito menos falada da Artista Plástica e dá a conhecer Estrela Faria como Poeta.

Em nota enviada à nossa redação, o Museu dá conta que a apresentação da artista e do livro será levada a cabo por Sandra Leandro, Directora do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, que procurará sublinhar o seu brilho, o seu tempo e as suas diversas dimensões. Haverá leitura de Poesia por Ricardo Maria Louro e cinco Poemas de Estrela faria serão cantados em fado pela voz de Inês Villa-Lobos, acompanhada à guitarra portuguesa por António Villa-Lobos.

Estrela Faria (1910, Évora – 1976, Lisboa) expressou-se numa multiplicidade de técnicas e modos de fazer: aguarela, guache, pintura a óleo e a fresco, azulejo, pastilha cerâmica, modelação em barro e gesso. Trabalhou sempre em diversas actividades artísticas: pintura, ilustração, cenografia; elaborou cartazes, figurinos, postais e escreveu poesia…

Estrela da Liberdade Alves Faria nasceu em 1910, em Évora, na Quinta dos Apóstolos. Para assim lhe darem nome, tinham certamente esperanças republicanas Ana Maria Faria que a deu à luz e Miguel Joaquim Faria.

Em Évora, Estrela Faria frequentou a escola pública primária e entre 1923 e 1928 o Curso de Aprendizagem do segundo grau geral – Lavores Femininos – da Escola Industrial e Comercial Gabriel Pereira, estabelecimento de ensino que foi fundamental para a sua trajectória. A tenacidade e empenho em aprender fê-la sobressair, e foi ali que recebeu o impulso para a vocação emitir o primeiro brilho. O professor Manuel Joaquim da Silva Coelho foi certamente decisivo para a continuação dos seus estudos e a ligação com a Escola manteve-se, ali realizando entre 1930 e 1935 quatro exposições.

Frequentou a Escola de Belas-Artes de Lisboa entre 1928 e 1935, onde foi discípula de Veloso Salgado, e para a sua prossecução foi precioso o apoio financeiro da Junta Geral do Distrito de Évora principalmente a partir de 1931 bem como a bolsa “Maria Vitória Terra” dada pela Escola pelo legado de Ventura Terra por ter sido a/o estudante mais bem classificado em Pintura nesse período.

Ao longo da sua vida Estrela esteve presente em diversas exposições colectivas da / ou na Sociedade Nacional de Belas-Artes de que era sócia, obtendo logo em 1935 a 3ª medalha.

Integrando a segunda geração de artistas modernistas, Estrela Faria pertenceu à equipa de pintores, escultores, arquitectos e fotógrafos que trabalharam com António Ferro. Nesse peculiar contexto do Estado Novo, as encomendas públicas foram uma constante e Estrela movimentou superfícies ao ritmo do seu traço enérgico.

Foram várias as exposições colectivas em que participou. Entre muitas outras, sublinhe-se a sua presença na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1961. Das menos frequentes exposições individuais, o que não é de estranhar, mas sim de admirar com a profusão de trabalho que desenvolveu em todas

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