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Sexta-feira, Maio 3, 2024

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Mariana Mortágua pede mais condições para imigrantes após encontro com trabalhadores estrangeiros em Odemira

Mariana Mortágua - Instagram

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, pediu mais ficalizações e mais habitação de modo a proporcionar condições dignas aos imigrantes que procuram o país para trabalhar, após um encontro com trabalhadores estrangeiros em Odemira.

Segundo a Lusa, na localidade de São Miguel, no distrito de Beja, a coordenadora do BE ouviu os relatos de um grupo de imigrantes provenientes de países asiáticos e, após ouvir esses relatos, contou aos jornalistas que é preciso fazer mais para dar condições de trabalho a estas pessoas, que sustentam a economia portuguesa na agricultura, mas também no turismo.

“A nossa motivação de vir aqui é muito simples, nós somos uma geração, a minha geração, é filha de emigrantes portugueses, em muitos casos pessoas que foram para França, que trabalharam em péssimas condições, que viveram em contentores, que eram explorados e que eram discriminados porque eram portugueses em França”, referiu Mariana Mortágua em declarações à Lusa.

Segundo a agência de notícias, a coordenadoro do Bloco defendeu que Portugal deve dar às pessoas que procuram o país, “e que em larga medida mantém a economia, condições muito melhores do que aquelas que os nossos pais, os nossos avós, os nossos tios tiveram quando emigraram para França”.

“E as histórias que temos destes imigrantes, que mantém esta agricultura intensiva no Alentejo e em muitos outros pontos do país, são histórias de enorme precariedade e exploração”, lamentou, exemplificando que há quem viva em “casas sobrelotadas, quando vivem em casas”, tenha “histórias de falta de contratos”, tenha de “pedir licença para uma coisa tão simples como poder ir à casa de banho” ou receba “pagamentos que são cortados e ninguém sabe porquê”.

De acordo com a Lusa, há também casos, apontou a dirigente do BE, de trabalhadores com “contratos selvagens” e que “ficam na não de intermediários, agentes, que cobram aos donos das explorações agrícolas”, mas depois não pagam aos imigrantes, deixando-os “ficar na imensa precariedade”.

“A economia portuguesa depende da imigração, seja na agricultura intensiva, seja para alimentar o turismo em muitos casos, e não podemos achar que temos um país sustentável maltratando as pessoa que mantêm o trabalho, a economia e têm direito a procurar uma vida melhor, como os portugueses também procuraram uma vida melhor quando isso foi necessário”, defendeu.

Mariana Mortágua propôs, como soluções, a melhoria da fiscalização das condições de trabalho, porque “há muita precariedade no trabalho em Portugal e a precariedade é maior quando as pessoas estão mais vulneráveis, não falam a língua, não conhecem as regras”.

 

Fonte: Lusa

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