O Sindicato Independente dos Médicos (SIM), em nota enviada à nossa redação, deu conheimento que, nos dias 30 e 31 de agosto, os médicos da região do Alentejo vão proceder à realização de uma greve.
De acordo com o comunicado do SIM, depois de de 14 meses de negociação, o Governo apresentou uma proposta da grelha salarial correspondente a um aumento de 1,6%, o que, de acordo com o que refere o SIM “não nos restou outra alternativa que não fosse convocar esta greve, que tentámos evitar até a última hora”.
Segundo o SIM, os médicos pretendiam “uma grelha salarial que reponha, em termos reais, os mais de 20% de poder de compra perdidos nos últimos 10 anos e que, desta forma, estanque as saídas do SNS; e o investimento em condições de trabalho, instalações e equipamentos que permitam um maior acesso dos portugueses aos cuidados de saúde”.
O SIM refere ainda em comunicado que, em 2022, foram cobrados mais 11,3 mil milhões de euros de impostos do que em 2021, tendo sido atingido o máximo da carga fiscal 36,4% do PIB e que, no primeiro semestre deste ano foram cobrados 23,3 mil milhões de euros – mais (30,4%) do que no período homólogo de 2022. “É s, fundamental que o governo invista no SNS!” refere o SIM.
A adesão às greves nacionais de julho, à da região Centro e à dos internos, “em mais de 90%, enviou um sinal claro ao Governo de um grande descontentamento dos médicos”, refere o comunicado.