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Misericórdia de Évora disponível para dar trabalho a 10 refugiados ucranianos

Foto: Publico

A Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) está disponível para dar trabalho a um total de 10 refugiados da guerra na Ucrânia, mas tem dificuldade para lhes conceder alojamento, afirmou hoje o provedor da instituição.

“Estamos disponíveis para acolher” refugiados ucranianos, “até porque necessitamos de seis a 10 trabalhadores”, indicou o provedor da Misericórdia de Évora, Francisco Lopes Figueira, em declarações à agência Lusa.

Contudo, para o acolhimento de refugiados da Ucrânia, a instituição alentejana enfrenta “uma limitação muito dramática”, que é não possuir instalações para os alojar, acrescentou.

“Se o Estado português vier a criar condições para a obtenção de instalações, também nos encarregaremos e acolheremos um conjunto de refugiados num número com algum significado”, disse.

Lopes Figueira lembrou que o Governo aprovou, na terça-feira, em conselho de ministros um regime simplificado para a obtenção de proteção temporária para refugiados da guerra na Ucrânia.

“Agora, é necessário que haja condições físicas e que se possibilite a criação dessas condições para os acolher”, sublinhou.

O provedor da instituição adiantou que a SCME dispõe também de um programa de empregabilidade para pessoas sem trabalho que pode ser colocado ao serviço da “corrente migratória de ucranianos para Portugal”

“Também, por essa via, poderemos encontrar um conjunto de empregos para ucranianos”, realçou, adiantando que esta plataforma reúne empregadores que “procuram de trabalhadores na região”.

Mostrando-se preocupado com as consequências da guerra na Ucrânia também para Portugal e para o Alentejo, o responsável vincou que a Misericórdia de Évora “não pode estar fora” do apoio.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kiev, que não precisa o número de baixas militares. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia desde o início da invasão.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

C/Lusa

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