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Domingo, Abril 28, 2024

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Município de Montemor-o-Novo “não concorda nem se conforma com a situação em que o rio Almansor se encontra”

Um grupo de moradores alertou para problemas de poluição no troço do rio Almansor junto a Montemor-o-Novo.

Em resposta ao comunicado emitido pela AMORA – Associação de Moradores do Rio Almansor no passado dia 22/09/2023, em que denuncia o que considera ser “a situação grave de descargas de esgotos” no rio Almansor, o Município de Montemor-o-Novo, em nota de imprensa enviada à nossa redação, a este propósito, refere :
“A cidade de Montemor-o-Novo pela sua identidade histórica com raízes medievais, como muitas
cidades do país, é servida por uma rede de drenagem de águas residuais com características
distintas, consoante a bacia de drenagem em que se insere: Unitária na zona histórica, Separativa nas zonas mais recentes da cidade, a partir da década de 80.”

O Município realça ainda que, “a obrigatoriedade de separação das redes unitárias, foi regulamentada somente
em 1995 e todas as redes construídas ou renovadas desde então obedecem a este preceito legal. Exemplo disso, são as últimas operações de requalificação urbana desenvolvidas na cidade, onde cerca de 8 km de rede foi intervencionada promovendo a separação da rede residual doméstica da rede pluvial.”

Assim, pode ainda ler-se “É neste sentido que o Município de Montemor-o-Novo continua a trabalhar, conscientes de que
é um trabalho progressivo, prolongado no tempo, com interferência nas outras infraestruturas enterradas, com impacto significativo no quotidiano da população e da cidade e que requer elevado investimento.”

O comunicado emitido explica ainda que “é sobejamente reconhecido pela sociedade civil e científica as consequências
das alterações climáticas, nomeadamente, na ocorrência de episódios cada vez mais frequentes de precipitação intensa e torrencial que impõem alterações no normal funcionamento dos sistemas de drenagem, de elevação e de tratamento das águas residuais. Este impacto torna-se ainda mais significativo nos sistemas unitários. Resultado destes eventos de precipitação intensa é o acionamento dos sistemas de bypass das estações elevatórias, descarregando o afluente que excede a capacidade de elevação da instalação.”

A operação de limpeza realizada no Rio Almansor nos passados dias 18 e 19 de setembro,refere a Autarquia ” foi
planeada e realizada em estreita articulação entre o Município e as Águas Publicas do Alentejo, com o envolvimento dos proprietários e moradores dos terrenos confinantes com a área de intervenção e procurou dar resposta a uma situação de acumulação de sedimentos com alegada origem na Estação Elevatória de Águas Residuais nº 4, ocorrida em julho de 2021.”

A realização de análises, explica a Autarquia Montemorense “confirmou não existirem resíduos perigosos, sendo os referidos sedimentos constituídos, essencialmente, por areias e matéria orgânica. A operação foi preparada, dimensionada e orçamentada, com base numa estimativa da quantidade de sedimentos a remover.”

O facto de ter sido possível abrir o descarregador de fundo do açude existente junto ao Moinho da Abóbada (o que já não acontecia há muito tempo), acrescenta ” promoveu o rebaixamento do nível da água colocando a descoberto o leito rochoso do rio, constando-se com maior rigor que o nível de acumulação de sedimentos era menor do que se supunha.”
“Em face da realidade e das condições encontradas foram removidos, no total, cerca de 130 toneladas de sedimentos” refere ainda o comunicado
O Município termina referindo que “não concorda, nem se conforma com a situação em que o rio Almansor se encontra.
Não é por acaso, que o grande foco da política municipal ambiental incide num conjunto de planos, projetos e ações (em elaboração e em perspetiva), dirigidos para o restauro e valorização da rede hidrográfica, com especial destaque a ser conferido ao Rio Almansor.”

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