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Domingo, Abril 28, 2024

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“Não vejo razões suficientemente fortes para se passar ao ensino à distância” diz Diretor do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira (C/Som)

A Rádio Campanário esteve em entrevista com o Diretor do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, Dr. Fernando Martins, acerca do início deste 2º periodo do ano letivo a decorrer e também sobre as medidas tomadas pelas escolas e no ensino frente á pandemia Covid-19.

O registo do histórico de contágios nas escolas do agrupamento Gabriel Pereira é muito reduzido em relação ao 1º período do ano letivo 2020/2021, “mesmo considerando que chegámos a ter 12 turmas confinadas, mas porque existia um caso em cada uma das turmas”, esclarece o Presidente do Agrupamento. “Sendo que os contágios não foram feitos na escola de acordo com a investigação feita pela própria Autoridade de Saúde,” acrescenta.

O Diretor do Agrupamento de escolas Gabriel Pereira, Dr. Fernando Martins, esclarece à RC que, neste momento, todas as turmas estão em ensino presencial. “O ensino misto ou ensino á distância vai sendo adotado à medida que surgem situações que obriguem ao confinamento de turmas,” justifica.

A situação pandémica vivida no mundo, obriga a uma reestruturação e reinvenção do ensino. No agrupamento em questão, em situações de confinamento de turmas, quer envolvam isolamento de professores ou não, o ensino é feito à distância. No caso de um professor estar em confinamento, os estudantes continuam presencialmente na escola, sendo que o professor leciona através de casa por meios de transmissão online, sendo que é mobilizado um outro professor que garante as condições para a aula decorrer.

É de conhecimento público que, com o aumento de casos ativos de Covid-19 no concelho de Évora, sendo estes desde a última atualização da autarquia perto de 1200, o surgimento de uma petição por parte da população, ao encerramento de escolas do 2ª e 3ª ciclo.

Confrontado com esta realidade, o Diretor do Agrupamento confessa que, “a preocupação não é só dos pais, é nossa também.” “Eu tenho conhecimento dessa situação, (…) e as medidas serão ajustadas conforme se justifiquem em função daquilo que for acontecendo.” No entanto, “neste momento, não vejo razões suficientemente fortes para que se passe ao ensino à distância,” esclarece o Dr. Fernando Martins.

O segundo período deste ano letivo teve início no passado dia 04 de janeiro, e decorre em paralelo com situação epidemiológica mais grave que o concelho de Évora já viveu, desde o início da pandemia.

Questionado acerca da eventualidade de um confinamento mais agravado nos próximos meses, o Diretor do Agrupamento, em retrospetiva ao ano anterior, esclarece que o agrupamento de escolas está com “maior capacidade de resposta”. “Demos formação a todos os professores de forma a que todos estivessem em condições de fazer ensino à distância”; “estamos a distribuir aos alunos do escalão A e B cerca de 100 portáteis”, para além de outros 100 equipamentos que foram adquiridos por iniciativa do agrupamento, explica. Fernando Martins adianta ainda que para situações de ensino à distância foram adquiridos novos equipamentos, “temos câmaras para colocar em todas as salas de aula”, conclui.

Em relação ao encerramento em novembro de 2020 da Escola Básica André de Resende, inserida no agrupamento, devido a casos positivos de Covid-19, o Diretor esclarece que, “a escola esteve encerrada não por contágio entre alunos, mas porque foram atingidas duas cozinheiras, sendo que a escola deixou de poder servir refeições.” Segundo a Autoridade de Saúde e a Direção Regional de Saúde (ARS) foi acordado que a escola encerrasse essa semana, pela incapacidade de servir refeições aos alunos.

Numa nota de esperança, o Diretor do Agrupamento de Escolas da Gabriel Pereira congratula o comportamento dos professores, dos funcionários e dos alunos nas escolas do seu agrupamento, e dirige-se aos encarregados de educação que, “podem estar confiantes, que dentro da escola temos o controlo de tudo que se está a passar e que serão tomadas medidas, no caso de alguma situação.”

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