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Sábado, Abril 27, 2024

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Numa altura em que se aguarda, Vila Viçosa na Lista Indicativa do Património Mundial da Unesco, decorreram as V Jornadas sobre Valorização do Património Fortificado da Raia (c/som e fotos)

Realizaram-se este sábado, dia 21 de maio, as V Jornadas sobre Valorização do Património Fortificado da Raia, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Vila Viçosa.

Com organização da autarquia calipolense, as Jornadas contaram com a colaboração de várias instituições, dando especial destaque para o Pelourinho – Boletim de Relações Transfronteiriças e da Diputación Provincial de Badajoz. 

O evento foi concebido com o objetivo de proporcionar um espaço coletivo de reflexão, de debate e de análise sobre as fortalezas abaluartadas da raia transfronteiriça extremenho-alentejana, assim como sobre outras problemáticas relacionadas com a construção e edificação destes monumentos, incidindo de forma especial em torno do local onde se realizam as Jornadas.

Esta edição encontra-se estruturada em torno do seguinte tema aglutinador: A Fronteira Moderna e a segunda linha de confrontação da raia extremenho-alentejana: fortificação e reutilização.

A Rádio Campanário acompanhou as V Jornadas sobre Valorização do Património Fortificado da Raia e falou com Manuel Condenado, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa.

O autarca referiu, depois de questionado, que ficou surpreendido quando foi referido por Moisés Caytano Rosado de que inicialmente estaria previsto realizar-se apenas uma edição das Jornadas “em que seria feito o estudo e a análise das Fortalezas Abaluartadas de primeira linha da fronteira, pensaram em boa hora prolongar as Jornadas e as quintas em Vila Viçosa, depois de conversas que tivemos para integrar também as fortalezas de segunda linha que é o caso de Vila Viçosa e que nós aderimos desde o início porque é um evento extraordinariamente importante para Vila Viçosa porque valoriza também a nossa fortaleza que fica inserida num conjunto mais alargado das fortalezas de segunda linha da Raia da Extremadura espanhola e do Alentejo”.

Instado sobre a importância das Jornadas no processo de Candidatura de Vila Viçosa a Património Mundial, diz que “todos os textos e as comunicações que forem hoje proferidas, vão fazer parte do boletim o Pelourinho, um boletim transfronteiriço cujo diretor é Moisés Caytano e vai enriquecer também o processo de candidatura que está numa fase terminal e que em breve daremos notícias do agrado geral (…) já temos algumas indicações mas muito em breve será feita uma comunicação à população e será do agrado de todos”.      

À reportagem da Rádio Campanário Sandra São Pedro da Direção Regional de Cultura do Alentejo, salientou que as Jornadas “que já contam com a sua quinta edição, são de extrema importância nos sentido de valorizar as fortificações da raia e penso que é de extrema importância porque contribuem para esta classificação a nível de património, tanto a nível extremenho como a nível nacional e ainda para mais sendo esta a quinta edição, demonstra que têm continuidade e que contribui para a divulgação a nível nacional e internacional deste património que tanto nos honra”.

Acrescenta que Vila Viçosa possui “um património impar (…) e a Direção Regional de Cultura do Alentejo tem desenvolvido um trabalho muito próximo do município, quer no trabalho de apoio para o respetivo plano de salvaguarda, quer no âmbito do processo de candidatura de Vila Viçosa à Lista Indicativa do Património Mundial da Unesco”.

Moisés Caytano Rosado, Diretor da Revista Transfronteiriça o Pelourinho, salientou que as sucessivas edições das Jornadas foram acontecendo porque “cada vez há mais consciência de que a fortificação da raia tem uma importância universal e como tal são dignas, não só de serem conhecidas por nós, mas também divulga-las a todos os níveis e conseguir algo que estamos empenhados, sejam Património Mundial”.

Instado sobre as potencialidades de Vila Viçosa, diz que “há muito tempo temos a ilusão de que tenha essa consideração e não só pela sua fortificação artilhada e abaluartada do século XVI e XVII, mas também por todo o seu património monumental medieval e sem dúvida, pelo seu palácio renascentista, pelas suas igrejas e também por este casario extraordinariamente bem conservado. Vila Viçosa é um grande conjunto, que por si só tem potencialidades suficientes para ostentar esse título”.           

 

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