Este domingo, dia 15 de outubro, os famosos Bonecos de Santo Aleixo embarcarão numa viagem rumo ao Festival Internacional de Marionetas no Porto. Irá ser apresentado o “Auto da Criação do Mundo”, no Teatro Helena Sá e Costa, pelas 21h00.
De acordo com a nota enviada à nossa redação pelo Cendrev, presença tão regular quanto possível no FIMP, os Bonecos de Santo Aleixo regressam uma vez mais para dar a possibilidade de conhecer e/ou revisitar essa pequena-grande pedra preciosa do património vivo da marioneta e do teatro em português. Nesta edição do FIMP, que pretende salientar a importância dos processos de partilha e transmissão associados à tradição, os Bonecos de Santo Aleixo são uma presença indispensável. Na manhã seguinte, dia 16, terá lugar na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, a masterclass ‘Bonecos de Santo Aleixo – um património a preservar’, ministrada por José Russo. Será uma oportunidade para ter um contacto bem próximo com esta forma teatral singular no quadro da marioneta tradicional portuguesa. Os participantes poderão ficar a conhecer aspetos essenciais destas marionetas de varão, da sua manipulação e da sua história, e que têm sido cuidados pelos atores-manipuladores do CENDREV – Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo, Victor Zambujo, há mais de quarenta anos.
O Festival Internacional de Marionetas no Porto é conhecido por reunir artistas de todo o mundo e é um espaço de encontro e partilha entre diferentes culturas e expressões artísticas. Esta edição, dará início a um novo ciclo, que traz consigo energia, inquietações, surpresas e reencontros. A programação do fimp’23 procurará articular combinações possíveis entre os conceitos Memória, Imagem e Manipulação. Lembrar e esquecer, evocar e reconstruir, atualizar – tudo isto são funções da memória que operam a partir da criação e da manipulação de imagens.
A participação dos Bonecos Santo Aleixo no Festival Internacional de Marionetas no Porto será um testemunho vivido da preservação e celebração da memória dessa arte popular, tão enraizada na cultura portuguesa.