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Sábado, Abril 27, 2024

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“O chumbo do OE foi uma grande operação montada pelo PS mas continuaremos a lutar pelo distrito” diz João Oliveira(c/som)

O Deputado do PCP João Oliveira, representante do distrito de Évora no Parlamento,  não foi eleito nas últimas eleições legislativas de 30 de janeiro.

O círculo eleitoral de Évora elege apenas 3 mandatos e os mesmos foram atribuídos ao PS (2 mandatos) e ao PSD (1 mandato).

No distrito de Évora, a CDU foi a terceira força política alcançando 14,56% dos votos.

A Rádio campanário falou com João Oliveira, ainda deputado do PCP eleito pelo distrito de Évora, não eleito para a próxima legislatura.

João Oliveira começou por nos referir “a conclusão mais fortes destes resultados eleitorais é que aquilo que resulta destas eleições, nomeadamente a maioria absoluta do PS, não corresponde aquilo que é necessário para garantir a resposta aos problemas do país.”

Segundo João Oliveira “o PS precipitou o país a eleições com este objetivo, houve um conjunto de circunstâncias que se foram construindo no tempo que condicionaram naturalmente as opções de voto e esta maioria absoluta, acaba por corresponder na prática, aos interesses do PS mas não corresponde aos interesses do país.”

No que diz respeito aos resultados da CDU, João Oliveira admite “saímos com menos força e, portanto, em condições mais difíceis para podermos defender essas soluções que são necessárias, mas continuaremos a intervir e a lutar .”

Em relação ao distrito de Évora, a não eleição do deputado da CDU significa, para João Oliveira que “existem agora condições mais difíceis para levar à Assembleia da República, não apenas a denúncia dos problemas, mas sobretudo a afirmação das soluções que são necessárias para o nosso distrito e para o seu desenvolvimento.”

João Oliveira garante, no entanto, que “Terá que ser outro deputado do PCP a assumir essa responsabilidade, porque mesmo nestas condições mais difíceis não deixaremos naturalmente de intervir e de lutar para garantir a conclusão de projetos decisivos para o futuro do nosso distrito e da região.”

Para o ainda deputado comunista “o que verdadeiramente aconteceu foi o acentuar, por um lado da mensagem da bipolarização concentrando atenções no PS e PSD, e por outro lado confirmou-se o que nós tínhamos dito que os portugueses não se esqueceram da desgraça que foi o governo do PSD/CDS-PP.”

Partindo desta memória, acrescenta “foi instalado um clima de medo a partir de uma realidade que verdadeiramente não era uma realidade era sim uma criação artificial da ideia de que o PSD podia voltar ao governo” .

João Oliveira acrescenta “É muito mais difícil com uma maioria absoluta haver, do ponto de vista das decisões políticas, haver uma correspondência aquilo que são as necessidades das pessoas, mas não podemos desistir e achar que isto não tem solução.”

Questionado se os resultados do PCP nestas eleições legislativas derivaram do chumbo do orçamento de Estado, João Oliveira sublinha “o que tinha acontecido com o orçamento foi uma grande operação montada pelo PS com o objetivo de ter maioria absoluta e esta operação foi montada com o PS a fazer tudo para que não houvesse orçamento de estado.”

 

 

 

 

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