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Sexta-feira, Dezembro 6, 2024

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“O ensino superior está na sombra. Queremos um ministério próprio para não ficarmos esquecidos” diz Henrique Gil, Presidente da AAUE(c/som)

Doze associações e federações académicas de Portugal Continental e Ilhas apelaram ao primeiro-ministro para manter a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior como área ministerial no próximo Governo ao invés de promover uma tutela única agregando as três áreas.

A carta é subscrita por várias Associações Académicas, uma delas a Associação académica da Universidade de Évora.

A Rádio Campanário falou com Henrique Gil, o Presidente da Associação que nos explicou o porquê desta subscrição e com que objetivos.

Henrique Gil começou por nos referir “nós temos uma preocupação clara que é estar na sombra daquilo que é o ensino em Portugal e, infelizmente, é isso que estamos a ver “ considerando “estamos na sombra do ministério da educação que se foca muito naquilo que é a educação base do país e dos jovens e deixa ou acabaria por deixar o ensino superior um pouco de lado.”

Para o Presidente da AAUE  “não podemos ter um ministério que faz ensino básico e secundário de manhã e depois faz ensino secundário à tarde “ sublinhando igualmente “temos ainda que pensar que dentro do ministério da educação também tem estado a juventude e o desporto portanto são tudo matérias que ocupam um ministério só per si e o ensino superior não pode ficar esquecido.”

Ainda a este propósito destaca “acima do ensino superior temos aquilo que é a ciência e a tecnologia, tão peremptória no combate à pandemia e tão necessária naquilo que é o desenvolvimento de um país.”

Na carta, enviada a António Costa, com o conhecimento do Presidente da República Portuguesa, partidos políticos com representação parlamentar, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, apela-se a que o Ensino Superior e Ciência se mantenham enquanto área ministerial na organização e funcionamento do XXIII Governo Constitucional.

Henrique Gil adianta “se vamos voltar a comprimir aquilo que é o ministério da ciência, tecnologia e ensino superior para o ministério da educação vamos claramente perder espaço, vamos perder repercussão, oportunidades e posicionamento face a outros países.”

Quanto ao objetivo pretendido com esta missiva afirma “o que nós queremos é que sejam garantidos os mínimos, que o ensino superior tenha um ministério próprio e uma dedicação própria porque temos seis anos deste ministério e mesmo assim nós não ganhámos muito.”

Esta carta surge depois de António Costa ter referido que iria diminuir o número de ministérios e consequentemente de ministros.

Foi ainda pedida uma audiência com o Primeiro Ministro que até ao momento ainda não se realizou.

 

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