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Sábado, Abril 27, 2024

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O regresso do “verde” ao Alentejo renova a esperança para a vida do lince ibérico no Vale do Guadiana.

Neste ano, o outono foi trouxe alguma chuva o que significa mais água e alimento disponível para a vida selvagem. Este cenário estende-se por todo o Alentejo e tem sido uma bênção, especialmente agora que várias espécies de aves estão a visitar a região.

O montado, que é a paisagem mais emblemática do Alentejo, tornou-se um paraíso para o grou, uma ave que migra para a região para fugir ao rigoroso inverno do norte da Europa. Essas aves são frequentemente avistadas nas áreas rurais de Moura, Mourão e Castro Verde. Até agora, foram identificadas mais de 270 espécies de aves na região.

No entanto, a mudança na paisagem começa a ter efeitos adversos, com muitas áreas agrícolas a serem substituídas por olivais intensivos e campos de amendoal. Representa um risco para várias espécies de aves, como a abetarda e a cisão, cujas populações podem diminuir significativamente nos próximos anos, a menos que sejam implementados projetos de conservação para espécies ameaçadas.

Um caso de sucesso na região é a reintrodução do lince ibérico no Vale do Guadiana. Esta espécie ameaçada voltou a ocupar território em Portugal e Espanha, com mais de 1.600 exemplares na Península Ibérica. Em Portugal, existem mais de 260 destes felinos espalhados por Mértola, Serpa e Alcoutim, representando um triunfo na conservação da biodiversidade na região.

Foto: O Observador

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