A vila de Pavia, no concelho de Mora, é uma autêntica ode ao Alentejo. Composta por casas brancas de risca amarela, uma anta-capela e uma igreja-fortaleza, esta vila alentejana tornou-se uma autêntica inspiração para poetas e artistas.
“O livro de Fernando Namora começa assim: ‘A vila é uma rua. Vem do alto dos eucaliptos pedindo licença à planície para lhe interromper o sono, atravessa uma encruzilhada de estradas de onde lhe vem o aceno do mar ou de Espanha e, bruscamente, num ímpeto de ousadia, trepa o planalto em busca de uma igreja que foi coito de mouros e abades.”, refere o jornal Público.
A vila de que fala Fernando Namora é a vila de Pavia, no concelho de Mora.
A voz que ouvimos no arranque de “Do Trigo ao Joio” é de Custódia Casanova, atual presidente da Junta de Freguesia de Pavia, terra onde nasceu em 1955. Apesar de aos 11 anos de idade ter ido viver para Évora, Custódia nunca esqueceu a vila onde nasceu e viveu momentos inesquecíveis, e o seu amor por Pavia fez com que voltasse a esta vila alentejana em 2006.
Custódia Casanova descreve Pavia como uma vila de ruas feitas de paralelos, que hoje já não lhe parecem tão grandes como na altura da sua juventude. Descrição essa que pode ser vista no seu livro “Pavia Meu Encanto”, publicado em 2016. A atua presidente da Junta de Freguesia recorda ainda ao jornal Público a pensão da Dona Umbelina, “realmente muito beata”, como a personagem Quitéria, que serviu de inspiração a Fernando Namora.
O prórpio escritor também viveu em Pavia entre 1946 e 1951, tal como assinala a placa colocada na Rua Nova, local onde residiu. Foi aqui, na vila de pavia que nasceram obras como “Retalhos da Vida de um Médico” e grande parte de “Do Trigo ao Joio”.
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