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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Portalegre: Augusto Relvas lança a sua primeira obra literária aos 96 anos.

Augusto Relvas, aos 96 anos, personifica a serenidade e o equilíbrio encontrados nas flores e plantas, elementos centrais da tranquilidade que sempre nortearam sua vida. Residente num lar, mas com o coração ainda na sua terra natal Portalegre, O Senhor Augusto nutre um especial carinho em partilhar as histórias que acumulou ao longo dos anos. Essas narrativas, agora compiladas num livro de memórias repleto de quadras populares e provérbios, são o seu legado para as novas gerações.

“A paz deve sempre prevalecer; caso contrário, é tempo de mudar”, ensina-nos Augusto, cuja obra foi enriquecida pela dedicação da sua esposa na preservação dos seus escritos, a dar vida às suas lembranças.

A sua trajetória profissional foi marcada, pela experiência em fábricas de óleos alimentares tanto em Portugal como em África, chegando a registar patentes. Contudo, a sua inclinação artística jamais foi ofuscada, culminando no lançamento de sua primeira obra literária aos 96 anos.

Augusto compara a vida a uma montanha que deve ser escalada com paciência e persistência, não por saltos impulsivos, mas sim por etapas progressivas até se atingir o cume. “A vida é uma ascensão constante”.

O lançamento do livro reuniu amigos e família na Casa do Povo de Alagoa, local de profundas memórias familiares e pessoais, inclusive com sua

falecida esposa. Atualmente, Augusto vive numa outra instituição, mas fez questão de que a apresentação de sua obra ocorresse nesse local significativo.

Augusto é celebrado como um exemplo vivo de envelhecimento ativo e saudável, cuja história de vida e capacidade é inspirador. O relato de sua família sobre as surpresas e descobertas feitas através da leitura do livro evidencia o orgulho e a admiração que sentem por ele.

Com 96 anos, Augusto Relvas mantém-se determinado a continuar a sua caminhada pela escrita e partilha de histórias. Já prepara um segundo livro sobre a sua infância e um romance baseado em peças que escreveu para o teatro amador, ainda não levadas a palco. “Sinto-me feliz e realizado”, afirma Augusto, modestamente descrevendo-se mais como um contador de histórias do que propriamente um escritor.

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