Depois do arranque no Porto, e já com passagem por Viseu, Vila Real, Viana do Castelo, Setúbal e Santarém a ronda distrital de greves chega ao Alentejo, mais concretamente a Portalegre: o protesto foi convocado pela ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, na sequência da consulta que realizaram aos professores.
Segundo o Executive Digest, a greve, que se iniciou no primeiro dia de aulas após a interrupção letiva da Páscoa, termina a 12 de maio em Lisboa – pelo meio, a greve percorrerá o país por ordem alfabética inversa à da primeira greve distrital, indo de Viseu até Aveiro. Em todos os distritos, os professores serão convocados para se concentrarem num local.
Assim, para esta sexta-feira, os sindicatos aderentes ao protesto vão estar presentes, ao meio-dia, na Escola Secundária António Gedeão, sendo que a concentração está agendada para as 15 horas na Praça do Bocage.
Será uma greve diferente da anterior, pois pretende-se evitar que o Ministério de Educação. possa, como tem feito, requerer serviços mínimos e, dessa forma, atrapalhar a sua realização, criar um clima de intimidação nas escolas, impedir professores de fazer greve e gerar a confusão nas escolas.
Desta feita, em vez de um pré-aviso de greve para os 18 dias úteis ou de 18 pré-avisos, um por cada dia, serão entregues 162 avisos prévios de greve, um por cada uma das 9 organizações, para cada um dos dias, apresentados em dias diferentes; a greve terá início às 12 horas prolongando-se até final do dia, o que retira a possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, sob pena de a greve estar a ser inviabilizada; em cada distrito, às 12 horas, estejam os professores a desenvolver que atividade for, ela deverá ser interrompida, os professores entrarão em greve e as escolas deixarão de desenvolver toda e qualquer atividade.
Para o Alentejo, estão ainda programadas mais duas ações de protesto, sendo no dia 3 de maio, em Évora e, no dia 10 de maio, em Beja.
José Feliciano Costa, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), que acompanhou o protesto em Santarém juntamente com Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, garantiu que a adesão à greve distrital, iniciada no passado dia 17 no Porto, tem sido da ordem dos 80 a 85% nos vários locais por onde já passou.
Fonte: Executive Digest