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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Projeto mineiro da Boa – Fé rejeitado. Presidente da Câmara Municipal de Évora diz que “os custos previsíveis são largamente superiores aos eventuais benefícios” (c/som)

A Assembleia Municipal de Évora decidiu rejeitar por unanimidade o projeto mineiro para a Boa – Fé não o classificando como projeto de interesse municipal.

À Rádio Campanário o presidente da autarquia eborense, Carlos Pinto de Sá refere que foi desenvolvido “um processo de audição no sentido de avaliar os custos e os benefícios do projeto para ver se os benefícios seriam maiores ou menores que os custos”, acrescentando, “foi um processo longo, foram ouvidas muitas entidades e concluímos que com o atual nível de informação que temos não seria possível, por um lado, atribuir o que era o pedido da empresa, a declaração de interesse municipal e por outro lado nem sequer poderíamos dar parecer favorável ao projeto, uma vez que os custos previsíveis são largamente superiores aos eventuais benefícios”.

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Recorde-se que a colocação da mina estaria situada numa zona classificada na Rede Natura 2000.

Ao longo dos últimos meses foram ouvidos no processo a empresa, AICEP, Direção Geral de Energia e Geologia, Universidade de Évora, Agência Portuguesa do Ambiente, CCDRA, Quercus, Camara Municipal de Évora e ainda vários cidadãos a título individual.

A Assembleia Municipal de Évora desde o início manifestou algumas dúvidas relativamente à declaração de impacte ambiental e porque não há garantias que os benefícios económicos a serem recolhidos pelo Estado sejam aplicados na região. Estão previstos a criação de 135 postos de trabalho, num investimento de 40 milhões de euros, para um período previsto de cinco anos, mas está por a calcular a destruição de forma permanente de postos de trabalho na agricultura, silvo pastorícia e no turismo.

A deliberação vai agora ser enviada para o primeiro-ministro, Ministros da Economia, da Agricultura e do Ambiente, à Presidente da Assembleia da República e aos Grupos Parlamentares.

 

 

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