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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Projeto pioneiro de hidrogénio verde em Sines cancelado.

O ambicioso projeto H2Sines.Rdam, que previa a produção de hidrogénio verde em Sines para ser exportado para Roterdão, foi abandonado pelos seus promotores, um consórcio formado pela Engie, Shell, Vopak e Anthony Veder. Este projeto, um dos vários concebidos nos últimos anos com foco no desenvolvimento sustentável do município alentejano, não será implementado apesar de ter sido considerado pela Comissão Europeia para financiamento através do Innovation Fund.

Concebido para criar uma capacidade de eletrólise de 400 megawatts (MW) em Sines, o projeto tinha como objetivo exportar hidrogénio em estado líquido para o centro da Europa, começando por Roterdão. Contudo, a falta de regulamentações claras, a imaturidade do mercado-alvo e a insuficiência de infraestruturas adequadas foram citadas como razões principais para a desistência do projeto, anunciada em outubro de 2023, segundo um porta-voz da Engie reportou à Hydrogen Insight.

O H2Sines.Rdam representava apenas uma das várias iniciativas para a produção de hidrogénio verde em Portugal, que tem visto um interesse crescente neste setor desde 2019. Entre os projetos destacados encontra-se o GreenH2Atlantic, uma parceria entre a EDP e a Galp em Sines, planeado para ter 96 MW de capacidade de eletrólise, com a refinaria da Galp entre os potenciais consumidores.

Desde 2019, a EDP e a Galp têm explorado o potencial do hidrogénio verde em conjunto com outros parceiros, incluindo o empresário Marc Rechter, que inicialmente propôs ao Governo a formação de um consórcio para um projeto de grande escala. Contudo, Rechter acabou por ser excluído deste projeto, que mais tarde concorreu ao estatuto IPCEI, sem sucesso, uma situação que atualmente está sob investigação no âmbito da Operação Influencer.

Para além do projeto descontinuado e do GreenH2Atlantic, Sines alberga outros investimentos na produção de hidrogénio verde, como o projeto autónomo da Galp, com um investimento de 217 milhões de euros já aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, um projeto da NGreen Hydrogen de 1,5 mil milhões de euros para produção de combustível verde para navios, e um investimento da Iberdrola de 400 milhões de euros destinado à produção de amoníaco verde.

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