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Domingo, Abril 28, 2024

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“Quero manter a tradição das mantas Alentejanas, porque quero preservar a história e as raízes” diz Carlos Rosa, Artesão(c/som)

 

As mantas alentejanas começaram por ser utilizadas pelos pastores para se protegerem do frio, assim como os alforges ou outras peças caraterísticas da tecelagem Alentejana. Esta arte quase extinta, é símbolo da cultura alentejana,

Carlos Rosa, é natural de Almodôvar e abraça a Tecelagem Alentejana com muita alma e coração.

Situado aos  pés da Serra do Caldeirão descreve-se como “um artesão tradicional” acrescentando “faço desde as mantas de retalho antigo até à mante de nós, alforges e outro tipo de peças de vestuário ou de utilidade que se faziam antigamente.”

Este artesão explica-nos ainda que “os meus teares são essencialmente manuais, com pedais mantenho a tradição.”

No que diz respeito à arte da Tecelagem Alentejana , Carlos Rosa realça “ainda existem alguns tecelãos mas são cada vez menos, são áreas que estão em vias de extinção” lamentando que assim seja.

Recusa-se a adoptar as novas tecnologias e diz “hoje em dia já adaptam motores a certos teares , não é o meu caso nem nunca vai ser” explicando “pretendo manter as tradições pois para mim é muito importante, pois faz-nos lembrar a nossa história, as nossas raízes. “

“Precisamos sempre de ir beber ao passado para depois dar um salto para o futuro e é importante que não se esqueçam das velhas tradições do Alentejo e que se estão a perder” sublinha o artesão de Almodôvar.

Este tipo de artesanato, conta-nos “ ainda é muito procurado, o problema é o poder de compra em Portugal e a classe média tem tendência a desaparecer; as pessoas apreciam o que se faz mas não há dinheiro para comprar.”

Questionado sobre os materiais que utiliza, carlos Rosa conta que “utilizo a lã de ovelha ou trapos antigos.”

O alforge, uma peça muito antiga e que era muito utilizada antigamente, especialmente pelos Pastores para levar o mantimento é hoje em dia “ menos utilizado e essencialmente para decoração” refere o Artesão Carlos Rosa que considera “estamos a assistir a uma evolução na peça tradicional de artesanato.”

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