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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Reservas hídricas/INE: Alqueva destaca-se pela positiva no armazenamento da sua capacidade total!

O teor de água no solo, medido em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, registou uma diminuição, face ao final de junho, em todo o território continental, mais significativa no Interior Norte, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

No que diz respeito às  reservas hídricas, o volume de água armazenado nas principais albufeiras com aproveitamento hidroagrícola de Portugal continental5 encontrava-se a 66% da capacidade total, valor inferior ao registado no final do mês anterior (71%) e ao valor médio de 1990/91 a 2021/22 (71%), mas superior ao valor de julho de 2022 (61%).

De acordo com a informação avançada pelo INE- Instituto Nacional de Estatística, analisando individualmente, a albufeira do Alqueva, na bacia hidrográfica  do Guadiana, continua a destacar-se pela positiva, apresentando um nível de armazenamento de 73% da sua capacidade total, apenas 3 p.p. abaixo da média dos registos de julho desde o encerramento das comportas e início do enchimento da albufeira (2002).

A água armazenada no Alqueva representava, em 31 de julho, cerca de 2/3 do total de água armazenada nas principais albufeiras com aproveitamento hidroagrícola. Igualmente com níveis de armazenamento elevados encontravam-se as albufeiras da Aguieira (b. h. do Mondego), de Montargil (b. h. do Tejo), do Alvito (b. h. do Sado) e do Caia (b. h. do Guadiana), todas com um nível de armazenamento superior a 70% da sua capacidade total. Em contrapartida, era evidente a situação de escassez hídrica nas albufeiras de Santa Clara (b. h. do Mira) e do Roxo (b. h. do Sado), com níveis de armazenamento de, respetivamente, 33% e 26% da capacidade total.

As albufeiras do Monte da Rocha e de Campilhas (b. h. do Sado) e da Bravura (b. h. do Arade e Ribeiras do Algarve) encontram-se com níveis de armazenamento que impedem a sua utilização na vertente de regadio.

Estas condições meteorológicas e hidrológicas possibilitaram a realização dos trabalhos agrícolas da época sem constrangimentos. Ainda assim, adianta o INE, , o prolongamento da situação de seca afetou o desenvolvimento das culturas de sequeiro, em especial os cereais, prados, pastagens e culturas forrageiras, mas também algumas culturas permanentes. No regadio, a antecipação e o aumento da frequência das regas obrigaram a limitações na utilização da água nos regadios públicos e privados de algumas zonas do Alentejo (Alentejo Litoral e interior do Baixo Alentejo, nomeadamente em Almodôvar, Ourique e Mértola) e no Barlavento Algarvio. De referir que, nestas zonas, já se registam alguns constrangimentos no abeberamento dos efetivos pecuários, ultrapassados com o recurso ao transporte de água para a exploração e/ou utilização de fontes de abeberamento de explorações vizinhas.

Fonte: INE

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